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Devolução do tempo de serviço aos professores custa 202 milhões de euros líquidos quando estiver em velocidade de cruzeiro

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A UTAO concluiu o relatório sobre os custos e o impacto da devolução integral do tempo de serviço aos professores. Entre os três cenários previstos, esta unidade integrou o modelo que acabou por ser aprovado pelo atual Governo após negociação com os sindicatos. E nesse cenário – devolução integral até 2027, à razão de 25% ao ano, com as duas primeiras parcelas a serem devolvidas a 1 de setembro deste ano e a segunda a 1 de julho de 2025 -, a estimativa é de um impacto orçamental anual de 469 milhões de euros brutos ou de 202 milhões de euros líquidos – em 2028, quando o processo estiver todo concluído e todos os docentes reposicionados na carreira.

A diferença considerável do impacto, consoante se considere o valor bruto ou líquido, tem a ver com o facto de no segundo se descontar do aumento global da massa salarial as contribuições socais dos trabalhadores para os sistemas de proteção social e ADSE e da liquidação do IRS.

Em termos de percentagem do PIB e tendo como referência o valor previsto para este ano, esta despesa é equivalente a 0,17% do PIB em termos brutos e a 0,07% do PIB em termos líquidos.

Nas contas da UTAO ao impacto desta medida ao ano e atendendo a que a primeira parcela dos seis anos e seis meses já será devolvida a 1 de setembro deste ano, calcula-se que em 2024 o impacto orçamental bruto é de 41 milhões de euros e o líquido de 18 milhões de euros.

O relatório da UATO foi produzido a partir de um pedido do grupo parlamento do PSD, estava ainda o partido na oposição. Entretanto formou Governo e, após negociações com os sindicatos, decidiu os termos em que se iria processar a devolução dos seis anos e seis meses que estavam por contabilizar.

No programa eleitoral da AD, uma tabela onde constavam as despesas desagregadas pelas principais propostas da Aliança Democrática estimava em 240 milhões de euros o custo total da reposição gradual do tempo de serviço. Mas não se dizia sobre se esse impacto seria bruto ou líquido.

No relatório agora concluído, a unidade coordenada por Rui Baleiras apresenta ainda as variações na massa salarial por escalão, com um peso necessariamente maior nos últimos patamares de uma carreira dividida em 10.

Sem recuperação do tempo de serviço a massa salarial do corpo docente em 2028 seria de aproximadamente 3,5 mil milhões de euros. Com recuperação do tempo de serviço passará para pouco mais de quatro mil milhões de euros, sendo que os salários pagos a docentes do 10º escalão ultrapassam os 900 milhões de euros.

Sobre impactos de medidas relativas a outros profissionais, a UTAO diz que não foi possível conceber uma compensação equitativa às dos docentes para as restantes carreiras da Administração Pública, que se estima serem superiores a 193.

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