A brigada Azov da Ucrânia invadiu as defesas russas no Donbass, ganhando terreno substancial e forçando as tropas de Putin a recuar desordenadamente. A brigada desempenhou um papel fundamental na defesa do país da invasão de Putin.
Montou uma defesa heróica da cidade de Mariupol, no sul, antes de ter de se render após semanas de combates brutais. A unidade está agora implantada no leste do país e tem lutado contra as tropas russas na floresta Serebryansky, na região de Luhansk.
Os russos têm lutado incansavelmente para garantir o controle da floresta, que é vista como uma porta de entrada para a cidade de Lyman, um importante centro ferroviário.
No entanto, numa operação militar impressionante, a brigada Azov, juntamente com outras unidades da Guarda Nacional da Ucrânia, conseguiram romper posições russas fortemente fortificadas.
Eles penetraram um quilômetro de profundidade ao longo de dois quilômetros de extensão da linha de frente, escreveu o vice-comandante da 12ª Brigada, Svyatoslav Palamar, em uma postagem no Telegram.
A brigada Azov provou ser uma unidade controversa dentro do exército ucraniano, devido às suas filiações a grupos ultranacionalistas. Foi inicialmente formado como um grupo de voluntários em maio de 2014 pela gangue ultranacionalista Patriota da Ucrânia e pela Assembleia Nacional Social neonazista (SNA).
As afiliações de direita da unidade levaram os EUA a impor uma proibição ao fornecimento e treino de armas. No entanto, a brigada Azov foi incorporada ao exército principal em novembro de 2014 e agora é uma unidade da Guarda Nacional da Ucrânia.
Um porta-voz do departamento de estado disse ao BBC um processo de verificação “não encontrou evidências de violações graves dos direitos humanos” por parte da brigada, ao anunciar sua decisão de revogar sua proibição.
A brigada saudou a medida dizendo que as “mentiras da Rússia… receberam um golpe devastador”.
Moscovo condenou a decisão, com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, a dizer que os EUA estavam “até preparados para flertar com os neonazis” para reprimir a Rússia.
A brigada Azov tem sido uma das unidades militares mais eficazes e populares na Ucrânia. Embora tenha sido dizimado depois de Mariupol, voltou a aumentar o seu número de forma constante e pretende aumentar o seu tamanho de 1.500 homens para 7.000.
