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Marcelo pede um "Orçamento equilibrado" e insiste em entendimentos entre PSD e PS

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O Presidente da República descreveu Portugal como um país seguro e com um grande nível de estabilidade em tempos de incerteza, independentemente de eleições antecipadas ou até de crises políticas. E apelou ao equilíbrio orçamental. “Um Orçamento equilibrado é muito, muito importante. A estabilidade financeira, que temos tido nos anos recentes, depois da pandemia, e que agora mantemos, é um ponto chave para o nosso futuro“, defendeu Marcelo Rebelo de Sousa, que falava na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (FLAD), em Lisboa, durante um debate com políticos luso-americanos eleitos para câmaras legislativas dos Estados Unidos da América.

Numa intervenção em inglês, depois de comentar a conjuntura internacional, o chefe de Estado falou do quadro político interno, na sequência das eleições antecipadas deste ano, começando por abordar a situação financeira e orçamental. “A estabilidade financeira é um facto indiscutível entre os principais partidos, o que nos dá margem para intervir mais depressa nalgumas políticas públicas e setores profissionais”, afirmou.

Segundo o chefe de Estado, “qualquer tipo de radicalização, tendo grande impacto no debate público e na agenda pública, irá forçar os dois principais partidos [PS e PSD] e outras forças sociais e políticas, a encontrar compromissos”. A este propósito, assinalou que nestas eleições europeias “mais de 55% votaram nesta vasta área”, acrescentando: “O que nos dá a legitimidade de manter esses compromissos como uma boa estratégia para o país.”

“Outras grandes decisões, como a localização do aeroporto, a execução dos fundos europeus, investimentos na defesa, a atração de investimento estrangeiro e a consistência da nossa política externa têm como base um consenso alongado não-parlamentocomo habitualmente, e também na sociedade portuguesa, o que é bom para a nossa estabilidade e confiança internacional”, considerou.

Por outro lado, o Presidente da República mencionou que estudos de opinião indicam um “alto nível de europeísmo” em Portugal, assim como um “muito alto nível de apoio à Ucrânia — o maior da Europa –, confiança na NATO e na União Europeia, uma sociedade tolerante com a imigração, e o valor de ser uma economia aberta como dimensões nacionais estáveis, mesmo num ciclo de eleições antecipadas”.

Marcelo Rebelo de Sousa realçou o número de norte-americanos e de outros estrangeiros que têm visitado e comprado casa em Portugal, sustentando que “isso significa que as pessoas se sentem seguras em Portugal, sentem que é um país pacífico” e “é um sinal do quão estável está Portugal neste momento”.

De acordo com o chefe de Estado, essa estabilidade “não depende de eleições antecipadas ou disputas políticas ou até crises políticas”. “E essa é a força mais valiosa que temos: um grande nível de estabilidade nestes tempos de incerteza”, concluiu o Presidente, fechando a sessão desta segunda-feira em que também participou o líder do PS. Na sua intervenção, Pedro Nuno Santos acusou o PSD de não ser social-democrata, mas “neoliberal” e criticou as regras da União Europeia que, disse, dificultam a reindustrialização.

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