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O silêncio do cancro ginecológico e os duros impactos que provoca

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É em silêncio que ataca e é em silêncio que provoca marcas profundas na mulher, físicas e psicológicas – por avançar em silêncio é, muitas vezes, diagnosticado numa fase tardia, e isso explica que, em 560 cancros no ovário diagnosticados, cerca de 400 mulheres acabam por morrer.

Hoje, profissionais de saúde e especialistas na área reuniram-se para participar na 4.ª edição do programa Doenças Esquecidas, Pessoas Únicas para debater “A realidade dos cancros ginecológicos: um drama físico e psicológico”, numa iniciativa que permitiu uma partilha de conhecimentos entre profissionais de saúde e especialistas na área. A abertura da conferência esteve a cargo de Eric King (diretor geral da GSK Portugal), que falou sobre o compromisso da empresa no combate aos cancros Ginecológicos, cabendo depois a Catarina Ramos (2Logical) apresentar os resultados de estudo sobre o impacto psicológico nos cancros ginecológicos – Mariana Coutinho (EVITA – Cancro Hereditário) fez o comentário final.

Na mesa redonda que se seguiu, que abordou o tema “A importância da Saúde Mental no Cancro: Uma abordagem multidisciplinar”, participaram Cláudia Fraga (presidente do Movimento Cancro do Ovário e outros Cancros Ginecológicos – MOG), Miguel Barbosa (diretor do Serviço de Oncologia da ULS São João e IPO Porto) e Susana Almeida (diretora do Serviço de Psiquiatria do IPO Porto).

Seguiu-se uma intervenção de Sérgio Barroso (diretor clínico e coordenador da Unidade de Oncologia do Hospital Lusíadas Amadora), sob o tema “Cancro Ginecológico: Um desafio para além do diagnóstico”, havendo então lugar ao debate “Facilitar a jornada do Cancro Ginecológico – Qual o caminho?”, no qual participaram Miriam Brice (presidente da Careca Power) e Diana Ferreira (Medicina Integrative na AIM Cancer Center).

“Como é que se passa por uma situação destas? Acreditando nas equipas médicas, e temos extraordinárias em Portugal, e acreditar em nós próprios, com o apoio da família e dos amigos”, aconselhou Cláudia Fraga. “É essencial manter, nos tratamentos, ânimo alto e ver o copo meio cheio”, acrescentou.

Conheça as principais conclusões:

Impacto

  • “Esta doença deixa cicatrizes físicas e psicológicas”, comentou Eric King.
  • A maior parte das mulheres, quando este tipo de cancro é diagnosticado, afirma que quer viver a vida ao máximo e acredita que vai vencer a doença.
  • Mariana Coutinho comentou que “15 a 20% do cancro do ovário tem origem hereditária”, pelo que o rastreamento é absolutamente fundamental.
  • “Há mulheres a viver com medo e isso tem de ser tratado”, afirmou Susana Almeida, defendendo que os psico-oncologistas são fundamentais neste processo.

Apoio

  • O apoio emocional é fundamental, sobretudo em caso de recidiva, junto de familiares, amigos e profissionais de saúde.
  • “É uma ilusão pensar que o doente tem apoio psicológico logo desde o início. Há uma distância entre o público e o privado”, anotou Miriam Brice.

Futuro

  • “Há ainda muito para fazer neste tipo de cancro”, alegou Sérgio Barroso, que defendeu que “o apoio tem de ser contínuo e prolongado”.
  • Um estilo de vida saudável (exercício físico, alimentação…) é muito importante na recuperação e até na prevenção desta doença.

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