Israel lançou uma nova ameaça a um dos representantes mais próximos do Irão, alimentando o medo de que uma nova guerra total possa eclodir no Médio Oriente.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, disse que uma decisão sobre um conflito aberto com o Hezbollah chegaria em breve, alertando o grupo militante que seria exterminado se Jerusalém declarasse guerra contra ele.
O funcionário escreveu no X em 18 de junho: “Estamos muito próximos do momento da decisão de mudar as regras contra o Hezbollah e o Líbano. Numa guerra total, o Hezbollah será destruído e o Líbano será severamente atingido.
“O Estado de Israel pagará um preço na frente e nas frentes internas, mas com uma nação forte e unida e o poder total das FDI, restauraremos a segurança aos residentes do norte.”
Na sua mensagem, Katz referiu-se a imagens de Haifa, uma cidade no norte de Israel, filmadas por um drone de vigilância do Hezbollah. Incluindo imagens de locais sensíveis como portos, aeroportos e bairros civis, a transmissão do vídeo de nove minutos pelo Hezbollah foi interpretada como uma ameaça contra a cidade.
O grupo libanês, apoiado militar e economicamente pelo Irão, apelou às pessoas para “observarem e analisarem” as “cenas importantes”.
A ameaça do responsável israelita veio antes de os militares do seu país anunciarem que “os planos operacionais para uma ofensiva no Líbano foram aprovados e validados, e foram tomadas decisões sobre a continuação do aumento da prontidão das tropas no terreno”.
As FDI e o Hezbollah têm trocado tiros desde que o Hamas lançou o seu ataque sem precedentes no sul de Israel em 7 de Outubro, o que desencadeou a guerra em curso em Gaza.
Ao longo dos meses, o Hezbollah intensificou os seus ataques ao norte de Israel. Só na semana passada, lançou centenas de foguetes e drones contra o país.
Os drones estão a revelar-se uma questão espinhosa para Jerusalém, uma vez que a actual defesa aérea parece ter dificuldades para contrariar totalmente a combinação de tácticas do Hezbollah aplicadas para evitar que os seus veículos aéreos não tripulados sejam detectados – incluindo voar baixo e usar múltiplos canais para evitar interferências tecnológicas.
Consciente dos riscos de outra guerra total no Médio Oriente, o enviado dos EUA, Amos Hochstein, apelou a uma desescalada “urgente” na terça-feira, durante uma visita ao Líbano.
Ele acrescentou: “Temos visto uma escalada nas últimas semanas. E o que o presidente Biden quer fazer é evitar uma nova escalada para uma guerra maior”.
Durante uma visita a Israel um dia antes, o enviado dos EUA teria alertado as autoridades do país que um confronto mais amplo com o Hezbollah poderia levar a um “ataque iraniano em larga escala”, segundo o jornal Haaretz.
