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UE abrem negociações de adesão com Ucrânia e Moldova; EUA autorizam mísseis longe de Kharkiv: o 848.º dia de guerra

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O Conselho Europeu aprovou esta sexta-feira o início de negociações formais de adesão com a Ucrânia e a Moldova, o próximo passo na aproximação dos dois países ao bloco comunitário, ainda longe da adesão plena na União Europeia – apesar do processo mais acelerado que o costume.

O anúncio partiu da presidência rotativa da Bélgica do Conselho da União Europeia, depois de os ministros das Finanças da UE terem adotado, numa reunião no Luxemburgo, o quadro negocial para abrir formalmente as conversas com os Governos de Kiev e Chisinau.

As reuniões, no âmbito da Conferência Intergovernamental, começam dia 25 de junho. A convocatória da conferência já tinha sido acordada na semana passada pelos embaixadores dos diferentes países, e os encontros decorrerão poucos dias antes do final da presidência belga, que dará lugar à presidência da Hungria para o segundo semestre de 2024.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, destacou o “passo histórico” no caminho do seu país rumo à comunidade europeia. “É importante que cada país e sociedade, que perdure os valores europeus e que procure a verdadeira força europeia, que se junte numa Europa unida”, apelou Zelensky, num vídeo divulgado na rede social X (antigo Twitter).

Já Maia Sandu publicou uma fotografia com a declaração que dá início às negociações e desejou “sucesso” aos embaixadores moldavos. “Tornarmo-nos num Estado-membro da UE é o nosso caminho para a paz, prosperidade e uma vida melhor para todos os cidadãos”, disse a primeira-ministra da Moldova – um país constantemente ameaçado pela Rússia, devido às tensões na região separatista da Transnístria.

O alargamento da União Europeia foi um tema de constante debate ao longo das eleições europeias, já que, além da Ucrânia, cuja candidatura surgiu durante a invasão russa, existem vários outros países candidatos. A Turquia é o caso mais famoso, estando à espera da adesão plena desde 1987. Seguem-se as candidaturas da Macedónia do Norte (2004), Montenegro (2008), Albânia (2009), Sérvia (2009), Bósnia e Herzegovina (2022, ao mesmo tempo que Ucrânia e Moldova) e Geórgia (2023).

Presidente da Rússia, Vladimir Putin

SERGÉI SAVOSTYANOV

Guerra na Ucrânia

EUA autorizam mísseis de longo alcance para lá da frente de Kharkiv

Os militares ucranianos estão autorizados a usar mísseis de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos para atacar alvos dentro da Rússia, além das linhas de frente perto de Kharkiv, desde que em legítima defesa, indicou hoje o Pentágono.

O Presidente norte-americano, Joe Biden, tem vindo a levantar as restrições sobre a forma como Kiev pode usar as munições fornecidas por Washington para defender a cidade de Kharkiv, no leste da Ucrânia, de uma barragem implacável de mísseis russos. Desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, os Estados Unidos da América (EUA) mantiveram uma política de não permitir que a Ucrânia utilizasse as armas norte-americanas fornecidas para atingir alvos dentro da Rússia, receando uma escalada da guerra.

A Rússia tem disparado contra alvos ucranianos dentro da sua fronteira, tratando esta área como uma “zona segura”, disse Pat Ryder, secretário de imprensa do Departamento da Defesa norte-americano.

“À medida que vemos essas forças a conduzir esse tipo de operações do outro lado da fronteira, explicámos que a Ucrânia pode e tem o direito de ripostar para se defender”, declarou Ryder aos jornalistas.

A Casa Branca também anunciou na quinta-feira que está a acelerar a entrega de mísseis de defesa aérea à Ucrânia, redirecionando os envios que estavam planeados para outros países aliados. Os EUA já estavam a enviar para a Ucrânia um fluxo considerável de intercetadores para os seus sistemas de defesa aérea, incluindo as baterias de mísseis Patriot ou NASAMS.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse aos jornalistas que o envio é mais urgente, à medida que os militares russos aceleram os ataques com mísseis e drones contra cidades e infraestruturas antes do próximo inverno.

Espera-se que as remessas agora aceleradas incluam centenas de mísseis Patriot.

Destruição causada pelos ataques russos a uma escola de equitação em Mala Danylivka, uma povoação às portas de Kharkiv

Valentyn Ogirenko/Reuters

Guerra na Ucrânia

Outras notícias

> A Rússia manifestou hoje o seu respeito pela decisão da Moldova de iniciar negociações de adesão com a União Europeia (UE) na próxima terça-feira, mas sem que implique “virar as costas” à Rússia e ao espaço pós-soviético. “O processo não é rápido, mas é um assunto soberano de cada Estado, incluindo a Moldova”, comentou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em declarações aos media locais.

> Pelo menos duas pessoas morreram e outras três ficaram feridas num ataque russo à localidade de Selydove, a cerca de 14 quilómetros da linha da frente, na região de Donetsk. Segundo contaram as autoridades locais, citadas pelo The Guardian, uma bomba UMPB D-30 deixou estragos em cinco prédios e seis casas, todas elas pertencentes a civis.

> Por sua vez, as forças ucranianas alegaram esta sexta-feira que atingiram quatro refinarias de petróleo russas, centrais de telecomunicações e outros objetos militares, em território russo. “Veículos aéreos não-tripulados [drones] atacaram as refinarias de Afipsky, Ilsky, Krasnodar, and Astrakhan”, disse o exército da Ucrânia, numa publicação no Telegram.

> Um tribunal militar russo condenou a 20 anos de prisão um professor de desenho acusado de “alta traição” por enviar dinheiro para a Ucrânia e que alegou ter sido denunciado por colegas da sua escola. Daniil Kliouka, de 27 anos, vai cumprir cinco anos da pena “num centro de prisão preventiva” e os outros 15 “numa colónia de regime restrito”, revelou hoje fonte judicial à agência de notícias Ria Novosti, que falou sob a condição de anonimato.

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