Um avião que transportava o cofundador do WikiLeaks pousou na Austrália depois que ele foi libertado como parte de um acordo judicial com os EUA
O cofundador do WikiLeaks, Julian Assange, chegou à sua terra natal, a Austrália, horas depois de aceitar formalmente um acordo judicial com o Departamento de Justiça dos EUA em um tribunal nas Ilhas Marianas do Norte, um território dos EUA no Pacífico. Assange foi acusado de obter e divulgar ilegalmente materiais de segurança nacional que lançam luz sobre alegados crimes de guerra americanos.
O voo charter VJT199 vindo de Saipan pousou em um aeroporto de Canberra na noite de quarta-feira, horário local, após uma viagem de seis horas. Assange estava acompanhado pelo embaixador da Austrália nos EUA, Kevin Rudd, e pelo alto comissário do Reino Unido, Stephen Smith.
De acordo com o WikiLeaks, Assange dará uma conferência de imprensa algumas horas após a sua chegada.
No início do dia, Assange confessou-se culpado de uma acusação de conspiração para obter e divulgar informações de defesa nacional num tribunal dos EUA em Saipan, e foi condenado a cinco anos – período em que já cumpriu pena na prisão de segurança máxima de Belmarsh, em Londres.
Como parte do acordo, os EUA também concordaram em retirar o seu pedido de extradição, exigindo ao mesmo tempo que Assange instruísse o WikiLeaks a destruir informações confidenciais armazenadas nos seus servidores ou dispositivos.
Numerosos especialistas e defensores da liberdade de expressão sugeriram que Assange tinha sido “coagido” em se declarar culpado e que ele não deveria ter sido processado em primeiro lugar.
Stella Assange havia dito anteriormente que a principal prioridade após a libertação do marido seria levá-lo “saudável de novo” como “ele está em um estado terrível há cinco anos”, referindo-se ao seu tempo na prisão. Ela também sinalizou que seu marido buscaria o perdão presidencial após a confissão de culpa.
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