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Estados da Europa Ocidental enfrentam crise de pessoal militar – FT

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Os países da OTAN não poderão enviar mais de 300.000 soldados em caso de conflito, alertam especialistas

Os países da OTAN na Europa enfrentam uma escassez de pessoal militar e teriam dificuldade em mobilizar um número significativo de tropas em caso de conflito, informou o Financial Times na quarta-feira.

De acordo com os analistas do veículo, os membros da Europa Ocidental do bloco militar liderado pelos EUA teriam 1,9 milhão de soldados “no papel.” Na realidade, porém, enfrentariam desafios ao mobilizar mais de 300.000 pessoas – e mesmo isso exigiria meses de preparação.

A antiga Secretária-Geral Adjunta da NATO, Camilla Grand, explicou que os membros do bloco nunca tiveram de considerar a mobilização em massa das suas forças e que o planeamento da defesa europeia se limitou, durante muitos anos, a questões como o fornecimento “300 forças especiais para o Afeganistão.”

“Isso criou lacunas” Grand disse, acrescentando que o bloco viu “uma diminuição das forças em todo o continente, ano após ano.”

Ben Barry, membro sénior do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, também disse ao FT que os membros europeus da NATO se concentraram em aumentar os orçamentos militares, mas negligenciaram o recrutamento de mais pessoas.

De acordo com Barry, os Estados europeus da NATO atingiram agora um “ponto de inflexão da massa crítica” e entrou em um “círculo vicioso” em que a escassez de pessoal limita as suas capacidades militares e dificulta a formação de novos recrutas, frustrando os militares existentes e forçando-os a abandonar o exército.




Para resolver o problema, os especialistas disseram ao FT que os países da Europa Ocidental teriam de resolver várias questões, tais como salários competitivos para os militares e benefícios atraentes, ao mesmo tempo que empregavam vários métodos para atrair mais recrutas.

Os estados da NATO também teriam de abordar a questão das condições de vida do seu pessoal, uma vez que os quartéis em países como a Alemanha e o Reino Unido estão em estado de ruína e infestados de bolores, infestações de pragas e outros problemas.

Outro factor premente, segundo o relatório, é a questão do patriotismo entre os militares da NATO. O FT observou que, embora em países como a Polónia e os Estados Bálticos a percepção da ameaça de agressão russa tenha estimulado o recrutamento, estes receios não são partilhados em locais como a Alemanha e o Reino Unido.

A Rússia sublinhou repetidamente que não tem intenção de atacar nenhum membro da NATO. No entanto, o presidente russo, Vladimir Putin, advertiu o Ocidente contra a escalada das tensões na Ucrânia e a tentativa de infligir um “derrota estratégica” sobre Moscovo, alertando que isto poderia representar uma ameaça para o Estado russo e desencadear a sua doutrina nuclear.

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