A Bulgária ainda não pode aderir à zona euro devido à sua elevada inflação, alertou o Banco Central Europeu num relatório de 26 de junho.
Um comunicado de imprensa do BCE, liderado pela sua presidente Christine Lagarde, dizia: “Os Estados-Membros da União Europeia não pertencentes à área do euro registaram progressos limitados na convergência económica com a área do euro desde 2022.”
O primeiro-ministro búlgaro, Dimitar Glavchev, disse que solicitaria uma avaliação adicional às autoridades da UE assim que o país cumprisse todos os critérios do euro.
O vice-ministro das Finanças, Metodi Metodiev, expressou esperanças no início deste mês de que a Bulgária ingressasse na zona do euro em meados de 2025, já que o país estava vivenciando condições econômicas mais positivas.
Mas nem todos os eleitores búlgaros parecem preparados para abraçar a moeda do bloco, e alguns temem que tornar-se o 21.º membro da zona euro possa exacerbar os aumentos de preços.
Este cepticismo emergiu claramente no forte desempenho do partido Vazrazhdane, de extrema-direita e pró-Rússia, nas eleições nacionais e europeias realizadas este mês, um resultado que poderá atenuar o desejo dos partidos de concorrerem com uma plataforma pró-zona euro.
O partido eurocéptico afirmou que abandonar o lev para aderir à zona euro destruiria a economia búlgara. Vazrazhdane obteve cerca de 14 por cento dos votos e enviou a Bruxelas três eurodeputados dos 17 assentos disponíveis para a Bulgária.
Os preços na Bulgária estão a subir 1,8 pontos percentuais acima do necessário para aderir à união monetária, afirmou o BCE – a uma taxa anual de 5,1%.
No entanto, o banco acredita que a inflação provavelmente “diminuirá gradualmente nos próximos meses”, à medida que os gargalos de oferta diminuirem.
O BCE está encarregado de manter a inflação em torno de 2% e verifica o desempenho dos candidatos ao euro em relação aos países com melhor desempenho.
A Bulgária aderiu à UE em 2007 e comprometeu-se a adotar o euro assim que preencher as condições necessárias.
