O bloco quer garantir que a sua próxima reunião em Washington seja “mais tranquila” do que a do ano passado, informou o jornal.
A OTAN pretende oferecer à Ucrânia um novo quartel-general militar para gerir a ajuda e as armas doadas pelo Ocidente, em vez de um caminho para a adesão, na cimeira do bloco em Washington no próximo mês, informou o New York Times.
De acordo com funcionários dos EUA e da NATO citados pelo jornal na quarta-feira, o novo QG asseguraria à Ucrânia o compromisso de longo prazo da NATO com a sua segurança e serviria como um “ponte” para que Kiev eventualmente se junte ao bloco militar liderado pelos EUA no futuro.
A administração do presidente dos EUA, Joe Biden, e a liderança da OTAN “surgiu com a ideia como uma forma de dar algo sólido a Kiev na cimeira, mesmo que eles afirmem que não é o momento certo para a Ucrânia aderir”, o NYT relatou.
A esperança é que a oferta “satisfazer” O líder ucraniano Vladimir Zelensky, que vê a adesão à OTAN como uma prioridade máxima, levando a “uma cimeira mais tranquila do que a última, há um ano em Vilnius, Lituânia, onde deixou claro o seu descontentamento quando não foi oferecido à Ucrânia um calendário firme para as negociações de adesão”, o artigo afirmava.
Naquela altura, Zelensky criticou duramente a decisão da NATO de não enviar um convite à Ucrânia. “sem precedentes e absurdo”, insistindo em uma postagem nas redes sociais que “incerteza” sobre o assunto foi um sinal da posição do bloco “fraqueza.” Os comentários deixaram autoridades dos EUA “furioso,” de acordo com o Washington Post.
As autoridades anônimas que falaram ao NYT disseram que o quartel-general seria baseado em uma instalação militar dos EUA em Wiesbaden, Alemanha, e chefiado por um general de três estrelas – provavelmente um general americano – reportando diretamente ao chefe do Conselho Europeu dos EUA. Comando, General Christopher Cavoli.
Espera-se que a missão – chamada NATO Security Assistance and Training for Ukraine (NSATU) – coloque toda a ajuda a Kiev sob um único guarda-chuva. Os estados da OTAN têm até agora auxiliado a Ucrânia em uma base país a país. O QG também coordenará o treinamento ocidental das tropas de Kiev, disseram as fontes.
Como um projeto da OTAN, o NSATU permaneceria operacional mesmo se Donald Trump, que expressou ceticismo sobre continuar apoiando Kiev, vencesse a eleição presidencial dos EUA em novembro, enfatizaram as autoridades.
Impedir que a Ucrânia ingresse na OTAN foi citado por Moscou como um objetivo fundamental de sua operação militar, lançada em fevereiro de 2022.
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UE e Ucrânia assinarão acordo de segurança – Reuters
No início deste mês, o presidente russo, Vladimir Putin, disse que Moscou estaria preparada para iniciar imediatamente negociações de paz com Kiev se retirasse todas as suas tropas das regiões russas de Donbass, Kherson e Zaporozhye e declarasse formalmente que “já não planeia aderir à NATO.” A proposta de paz de Putin foi imediatamente rejeitada tanto pela Ucrânia como pelos seus apoiantes ocidentais.