O CDS-PP-Madeira apresentou, esta quinta-feira, ao Governo Regional mais seis propostas, em diversas áreas, que pretende incluir no novo Programa do executivo insular, indicou o vice-presidente dos centristas madeirenses, Pedro Pereira, manifestando-se satisfeito com o encontro.
“O processo correu bastante bem, nós apresentámos seis propostas, em diversas áreas, desde juventude, economia, saúde, educação, e houve uma receptividade do governo para essas propostas. Nós vamos agora trabalhar na melhor redacção das propostas e incluí-las no Programa do Governo”, afirmou.
O democrata-cristão falava aos jornalistas no Funchal, à saída de uma reunião com o Governo Regional (PSD), representado pelos secretários da Educação (Jorge Carvalho) e das Finanças (Rogério Gouveia), e pelo chefe de gabinete do presidente do executivo insular, Rui Abreu, para consensualizar medidas para o Programa do Governo.
Além das propostas do CDS-PP que já estavam integradas no documento que começou a ser discutido na semana passada, na Assembleia Legislativa Regional, mas que foi retirado por ter um chumbo anunciado, o partido quer ver estas seis plasmadas na proposta, entre as quais a fixação na concertação social de um salário base regional para os jovens licenciados.
A atribuição de um complemento para aquisição de medicamentos a idosos ou pessoas incapacitadas cujo rendimento não ultrapasse 14 vezes o salário mínimo regional, um apoio aos restaurantes e hotéis na aquisição de produtos madeirenses, a isenção de impostos para jovens que adquiram habitação e um programa de acesso gratuito a creches são outras das medidas.
“Estamos satisfeitos, eu acho que tanto o CDS tem demonstrado a responsabilidade de que a Madeira precisava e que escolheu, quando votou, […] e acho que também o governo está a demonstrar a abertura necessária para que se chegue ao melhor entendimento possível e que seja possível”, realçou Pedro Pereira.
O responsável do CDS-PP-Madeira, partido que tem um acordo de incidência parlamentar com o PSD, disse ainda acreditar que “vai haver responsabilidade suficiente por parte de toda a gente para que a aprovação aconteça”.
O executivo madeirense reuniu-se na segunda-feira com os partidos com assento parlamentar, excepto o PS e o JPP, que rejeitaram o convite, para negociar a aprovação do Programa do Governo.
No encontro, no qual participaram PSD, CDS-PP, Chega, Iniciativa Liberal e PAN, foi decidido dar continuidade às negociações com reuniões entre o Governo Regional e os partidos individualmente, agendadas para quarta e quinta-feira.
Na semana passada, o presidente do executivo, Miguel Albuquerque, anunciou a retirada do Programa da discussão que decorria no parlamento madeirense, com votação prevista para o dia seguinte.
O documento seria chumbado, uma vez que PS, JPP e Chega, com um total de 24 deputados dos 47 que compõem o hemiciclo (o correspondente a uma maioria absoluta), anunciaram o voto contra.