Quarta-feira foi o dia mais quente do ano no Reino Unido, com os termómetros a chegar aos 30 graus em várias zonas do país. No auditório da Universidade de Nottingham, onde se realizou o último debate entre os principais candidatos a primeiro-ministro britânico, a temperatura também subiu.
As perguntas vieram do público, como é habitual, constituído por conservadores, trabalhistas e indecisos. Estes últimos eram o público-alvo de ambas as candidaturas neste derradeiro frente-a-frente, que durou mais de uma hora. Quem o conseguiu fazer melhor? Depende muito do tema e do momento do debate. Com altos e baixos, em ambos os púlpitos, os estudos de opinião feitos pelas televisões britânicas apontam para um empate.
Starmer entrou a ganhar
A primeira pergunta da noite trouxe para palco o tema das apostas, potencialmente ilegais, sobre a data das eleições. Um tema que tem dominado esta semana de campanha e que reforça a desconfiança do eleitorado na classe política. Cinco militantes do Partido Conservador estão a ser investigados por potencial uso de informação privilegiada sobre a data das legislativas antecipadas, na qual apostaram com êxito; dois eram candidatos a quem foi retirada a confiança política. Mas também há polémicas entre os trabalhistas: um dos candidatos apostou em si próprio como perdedor das eleições e foi imediatamente suspenso.