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Hezbollah e Israel voltam a trocar ataques, nova incursão de tanques em Gaza faz 7 mortos: guerra, dia 267

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A situação no Líbano continua a agravar-se e, esta quinta-feira, houve mais uma ronda de provocações entre as forças israelitas e o grupo fundamentalista Hezbollah, que opera no sul do país e com o qual Israel tem trocado ataques desde outubro do ano passado.

O Hezbollah anunciou ter bombardeado uma base militar no norte de Israel em resposta a ataques israelitas que terão morto um dos seus combatentes. Em comunicado, a formação político-militar xiita libanesa indicou ter lançado “dezenas de lança-foguetes Katyusha” sobre “a principal base de defesa aérea e antimíssil” do norte de Israel.

O Hezbollah precisou tratar-se de uma resposta a dois ataques israelitas em Sohmor, no leste do Líbano, e sobre a cidade de Nabatiye, no sul do território libanês, que provocaram cinco feridos.

O movimento xiita pró-iraniano anunciou a morte de um dos seus combatentes em Sohmor. Segundo a Agência Nacional de Informação libanesa (ANI), um ‘drone’ (aparelho aéreo não tripulado) atingiu um homem que circulava de moto nessa localidade.

O Exército israelita referiu-se à “eliminação” de um membro do Hezbollah e disse que aviões de combate atingiram “estruturas militares” no sul do Líbano.

O Hezbollah também reivindicou hoje um ataque com ‘drones’ contra posições militares israelitas, enquanto o Exército de Israel reclamou ter abatido dois ‘drones’ provenientes do outro lado da fronteira.

Jean-Guy Python/AFP via Getty Images

Guerra no Médio Oriente

Os confrontos transfronteiriços entre Israel e o Hezbollah, aliado do Hamas, eclodiram na sequência do ataque do movimento islamita palestiniano no sul do território israelita em 7 de outubro de 2023, com um balanço de cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Em represália, Israel lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza que já provocou mais de 37 mil mortos, na maioria civis, e uma grave crise humanitária, desestabilizando toda a região.

O Hezbollah afirma que já efetuou mais de 2.100 operações militares contra Israel desde 8 de outubro, e na semana passada intensificou os seus ataques contra alvos militares no norte do país após a morte de um dos seus principais comandantes num ataque aéreo israelita.

Mais de oito meses de violência provocaram pelo menos 473 mortos no Líbano, na maioria combatentes do movimento xiita libanês, e 92 civis para além de dezenas de milhares de deslocados, segundo a agência noticiosa AFP. De acordo com Israel, foram mortos no mesmo período 15 soldados e 11 civis israelitas.

Nova incursão de tanques israelitas na cidade de Gaza faz 7 mortos

Tanques israelitas voltaram a irromper hoje no bairro de Shujaiya, na cidade de Gaza, norte do enclave, onde diversos bombardeamentos provocaram a morte de sete palestinianos, incluindo crianças, e pelo menos uma dezena de feridos.

O hospital Baptista de Al Ahli, também situado no norte da Faixa de Gaza, confirmou a chegada de sete mortos e de feridos na sequência dos ataques israelitas em Shujaiya, quando o conflito se aproxima do nono mês.

O Exército israelita emitiu uma ordem de retirada aos residentes desta zona, mas não forneceu mais detalhes sobre a operação, referiu a agência noticiosa Efe. Vídeos difundidos nas redes sociais mostram as ruas da localidade reduzidas a escombros, com dezenas de pessoas em fuga de uma zona.

O bairro de Shujaiya, considerado um dos bastiões do Hamas, foi o local onde em 15 de dezembro passado o Exército israelita matou três reféns após, segundo referiram, terem sido identificados “erradamente como uma ameaça”.

Os três reféns israelitas, que escaparam dos seus raptores, estavam com as mãos erguidas e agitavam lenços brancos.

O Exército israelita decidiu desta forma regressar a zonas da Faixa de Gaza onde previamente tinha anunciado a conclusão das suas operações, quando o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu enunciou como principal objetivo a eliminação do Hamas.

Nas últimas horas, os israelitas também flagelaram outros pontos do norte do enclave, incluindo Jabalia e Sabra, onde equipas de resgate de Proteção Civil informaram sobre ataques contra habitações e resgate de corpos.

Os contínuos ataques israelitas continuam a deteriorar o debilitado sistema de saúde de Gaza, e hoje o Crescente Vermelho anunciou a paragem de 18 ambulâncias por falta de combustível, cerca de 36% da sua frota de ambulâncias.

Raneen Sawafta/Reuters

Guerra no Médio Oriente

Outras notícias:

> Cerca de 20 crianças palestinianas com cancro foram enviadas para o Egito desde a Faixa de Gaza, confirmaram as autoridades locais. O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza indicou que 21 crianças foram enviadas para receber tratamento no país vizinho e quando se agrava a crise humanitária em Gaza, em particular após as tropas israelitas terem assumido o controlo da passagem fronteira de Rafah, suspendendo a maioria das operações humanitárias;

> Depois do Canadá, também os Estados Unidos recomendaram aos seus cidadãos que “reconsiderem seriamente” qualquer viagem ao Líbano e alertou que a situação de segurança “pode mudar rapidamente” com o aumento dos confrontos entre Israel e o Hezbollah;

> Um navio comercial comunicou ter sido atingido por um projétil ao largo da costa do Iémen, quando navegava para a Arábia Saudita, segundo a empresa britânica de segurança marítima Ambrey. A via do Mar Vermelho tem sido alvo desde novembro de ataques dos rebeldes iemenitas huthis, membros do “eixo da resistência”, um grupo de movimentos apoiados pelo Irão que inclui também o Hamas palestiniano e o Hezbollah libanês.

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