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Zelensky só negoceia a paz com mísseis e uma Coreia tira o que outra Coreia dá (guerra, dia 855)

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Volodymyr Zelensky prometeu esta sexta-feira acabar com uma guerra que dura há 855 dias. Um anterior plano de paz, apoiado pelo Ocidente em 2022, e no qual se exigia uma retirada incondicional das forças russas, não resultou, como também a seguir não resultaria a cimeira de paz na Suíça — e da qual se excluiu a Rússia —, já este ano. Resultará desta feita?

O Presidente ucraniano assegura que “diplomaticamente” vem preparando “um plano para acabar com a guerra que seja apoiado pela maioria [dos países] do mundo”, tendo como seu objetivo “alcançar uma paz justa”. No entanto, Zelensky pretende continuar a fortalecer a indústria militar ucraniana, pois Moscovo “só entende a força” e apenas “respeita os fortes”.

Enquanto se planeia negociar um cessar-fogo que seja, não cessam as mortes. Esta sexta-feira mais quatro civis foram mortos após um bombardeamento russo na pequena cidade de Niu York, no leste da Ucrânia. Segundo a procuradoria regional de Donetsk, as forças russas usaram projéteis KAB-250 para atingir um edifício de apartamentos.

Por falar em projéteis e ataques, o primeiro-ministro da Ucrânia anunciou que os EUA, bem como oito Estados europeus, estarão dispostos a entregar em breve novos sistemas de defesa antiaérea, para além de mísseis Patriot e NASAMS. “Os parceiros internacionais escutaram-nos. Convencemo-los de que fortalecer a defesa aérea da Ucrânia é a primeira prioridade”, indicou Denis Shmigal.

Não dos EUA, mas somente da Europa, chegou também nesta sexta-feira a notícia de que a UE desembolsou mais 1,9 mil milhões de euros de pré-financiamento a Kiev ao abrigo do Mecanismo em favor da Ucrânia. Sobe assim para 7,9 mil milhões o apoio total já transferido para a Ucrânia desde que o mecanismo se tornou operacional em março. Este novo financiamento apoiará, não o conflito, mas a estabilidade macrofinanceira da Ucrânia.

O futuro da Ucrânia não se desenrola meramente na Europa ou nos EUA. Desenrola-se igualmente na Península Coreana, tanto a norte como a sul. Esta sexta-feira 48 países, incluindo Portugal, condenaram, numa declaração conjunta na ONU, “as transferências ilegais de armas da Coreia do Norte para a Rússia”, que ajudaram significativamente Moscovo a conduzir a sua guerra contra a Ucrânia. Por sua vez, a Coreia do Sul proibiu hoje a exportação para a Rússia (e a Bielorrússia) de mais 243 produtos — são já 1.400 — utilizados para fins militares, entre os quais equipamento de corte de metais ou peças de instrumentos óticos e sensores. 


Ainda no campo das sanções, a Conselho da União Europeia anunciou medidas restritivas contra dois indivíduos e quatro empresas por contornarem as sanções impostas pelos 27 contra a Rússia e apoiarem o Governo russo, entre os quais os oligarcas Dmitry Beloglazov e Mikhail Kontserev, cujos bens foram congelados e qualquer empresa da UE está proibida de lhes disponibilizar fundos.

Já no campo das ameaças, o Ministério da Defesa russo advertiu esta sexta-feira que os voos de drones militares norte-americanos no Mar Negro para ajudar as forças ucranianas a atacar alvos russos aumentam “o risco de confronto direto” com a NATO e prometeu retaliar.

Putin reúne-se com oficiais russos no Kremlin, em 2017

Colaborador da AFP

Guerra na Ucrânia

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⇒ Ainda nesta sexta-feira assinalou-se o Dia da Constituição ucraniana, aprovada há 28 anos. Volodymir Zelensky aproveitou a solenidade para falar de uma hipotética adesão ucraniana à UE. “Estamos agora a fazer o nosso caminho na Europa. Em todos os sentidos. Toda a Ucrânia embarcou nesta difícil viagem. Conseguiu-se muito, mas, pela frente, ainda falta muito. Não podemos parar, nem desviar-nos para caminhos errados. Temos de alcançar o nosso destino”, afirmou o Presidente da Ucrânia.

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