Um tribunal panamenho absolveu 28 pessoas acusadas de lavagem de dinheiro em casos ligados aos Panama Papers e aos escândalos da “Operação Lava Jato”, informou o Poder Judiciário do país em comunicado na sexta-feira.
Não forneceu os nomes das pessoas que foram absolvidas.
A juíza Baloisa Marquinez ordenou o levantamento das medidas cautelares contra todos os réus e disse que um processo criminal foi cancelado devido à morte de um réu não identificado.
Ramon Fonseca, que co-fundou o agora extinto escritório de advocacia Mossack Fonseca ao lado do cidadão alemão Jurgen Mossack, morreu em maio, após ter sido hospitalizado desde o início de abril.
A Mossack Fonseca ganhou destaque em 2016 depois documentos confidenciais vazados expôs contas alojadas em paraísos fiscais ligadas a indivíduos, incluindo o ex-presidente argentino Mauricio Macri, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy e a estrela do futebol argentino Lionel Messi.
Marquinez, que também ordenou multas de 100 balboas (100 dólares) cada a 10 testemunhas que não cumpriram as intimações, disse que as provas recolhidas dos servidores da Mossack Fonseca não cumpriam a cadeia de custódia.
Em relação à Operação Lava Jato, uma grande investigação anticorrupção que teve origem no Brasil, Marquinez decidiu que não poderia ser determinado que dinheiro de fontes ilícitas tenha entrado no Panamá vindo do Brasil com o propósito de ajudar a ocultar crimes.
A investigação, que começou em 2014, expôs esquemas de corrupção generalizados em toda a região e enviou dezenas de líderes políticos e empresariais latino-americanos para a prisão, incluindo vários ex-presidentes.
