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Lagos dizimados pela seca no Chile voltam a ganhar vida depois de chuvas torrenciais

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As imagens dramáticas de leitos de lagos rachados substituídos por águas paradas como um espelho mostram o regresso à vida de vários reservatórios e lagoas que tinham praticamente secado após anos de seca no Chile. Uma seca severa, que durou anos, dizimou as reservas de água e afectou as indústrias locais, desde a exploração mineira, à agricultura e às abelhas no país andino, ao mesmo tempo que exacerbou as tensões sobre a utilização da água.

A lagoa de Aculeo tornou-se um símbolo da crise, uma vez que as carcaças de gado e de peixes mortos jaziam na sua superfície seca e gretada, onde outrora existia uma enorme massa de água. Actualmente, o nível da água está surpreendentemente alto. “A água está viva”, disse Gloria Contreras, gerente de um parque de campismo na zona, à agência noticiosa Reuters. “Com a seca da lagoa, perderam-se muitos postos de trabalho. Mas agora isso mudou, tudo está reactivado — as empresas, mesmo os mais pequenos vendedores”.

As recentes chuvas que voltaram a encher as lagoas danificaram centenas de casas e causaram uma morte. Mas a água fez com que outras lagoas (como o Lago Peñuelas, uma importante fonte de água para a cidade turística costeira de Valparaíso, que tinha secado até se transformar numa “poça”) recuperassem substancialmente. “Há mais de 20 anos que não víamos o lago assim, é lindo”, disse Eduardo Torres, morador da área da reserva natural.

Os especialistas, no entanto, acreditam que as chuvas recentes não compensarão a seca de uma década. “A zona central do Chile precisa de pelo menos três, quatro ou cinco anos de chuvas normais e intensas para recarregar totalmente os aquíferos”, disse Patricio González, agro-climatologista da Universidade de Talca, no sul do país. “Só então os reservatórios poderão voltar aos níveis normais”, afirmou.

Alex Godoy, director do Centro de Investigação em Sustentabilidade da Universidad del Desarrollo, disse que as perspectivas meteorológicas não eram positivas em termos de precipitação. “O resultado mais provável é que não chova mais”, disse Godoy. “Devemos esperar um aumento da seca entre agora e as próximas duas ou três estações.”



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