Um grupo de manifestantes LGBTQ+ realizou uma manifestação improvisada em Istambul no domingo, depois que o gabinete do governador proibiu uma Marcha do Orgulho anual.
Uma declaração do gabinete do governador de Istambul disse que não permitiria que “vários grupos ilegais” realizassem a marcha não autorizada e cercou a Praça Taksim e a Avenida Istiklal, no centro de Istambul, onde as marchas do Orgulho geralmente acontecem.
A Marcha do Orgulho anual foi proibida em Istambul desde 2015, mas os manifestantes ainda se reúnem em Taksim e Istiklal todos os anos e entram em confronto com as autoridades. Para contornar a proibição, um grupo de mais de 100 pessoas reuniu-se no bairro de Suadiye, do outro lado da cidade.
Os manifestantes agitaram bandeiras de arco-íris e leram um comunicado, antes de se dispersarem rapidamente quando a polícia chegou. O Comitê do Orgulho de Istambul disse que houve relatos “não confirmados” de pelo menos 15 manifestantes detidos.
Imagens nas redes sociais mostraram manifestantes segurando bandeiras do orgulho e pedindo o fim da “polarização” e da linguagem anti-LGBTQ+ usada pelos políticos turcos.
Anteriormente, a Turquia era um dos poucos países de maioria muçulmana a permitir marchas do Orgulho. A primeira foi realizada em 2003, um ano após a chegada ao poder do partido do presidente Recep Tayyip Erdogan.
Nos últimos anos, o governo adoptou uma abordagem dura em relação a eventos públicos realizados por grupos que não representam as suas opiniões religiosamente conservadoras.
