Home Entretenimento Entre libertações, evacuações e novas operações militares, um pedido à ONU: indemnizem-se...

Entre libertações, evacuações e novas operações militares, um pedido à ONU: indemnizem-se as vítimas (a Guerra no Médio Oriente, dia 271)

30
0

A organização não-governamental Human Rights Watch recomendou nesta segunda-feira às Nações Unidas que todos os países que vendam armas às partes em conflito em Gaza (Israel, Hamas ou Jihad Islâmica, portanto) contribuam na reparação, sob forma de indemnização — para ambos os lados — ou investigações sobre “crimes atrozes” e respetivos processos criminais, do prejuízo gerado às vítimas da guerra.

“Os governos que apoiam Israel e que apoiam grupos armados devem exercer influência para terminarem os abusos, assim como devem assegurar que as vítimas e os sobreviventes recebam indemnizações significativas”, disse Clive Baldwin, assessor jurídico da HRW.

Entre os países financiadores, Baldwin aponta os Estados Unidos como principal “fonte de armamento”, destacando igualmente o Irão (país aliado de vários grupos armados palestinianos), Alemanha, Itália ou Reino Unido.

Também nesta segunda-feira ficou a saber-se que do lado israelita do conflito se procedeu à libertação de dezenas de prisioneiros palestinianos, entre os quais o médico e diretor do hospital al-Chifa, em Gaza, detido em novembro passado.

Mohammed Abu Salmiya, em conferência de imprensa, denunciou ter sofrido “graves torturas” durante a detenção em Israel, além de “humilhações físicas e psicológicas”tendo ele e outros prisioneiros “comido apenas um pão por dia nos primeiros dois meses”.

Abu Salmiya nunca foi acusado formalmente durante os sete meses na prisão, embora o exército de Israel considere que os hospitais de Gaza (incluíndo o al-Chifa, dirigido por Mohammed Abu Salmiya) são utilizados para fins militares e “numerosas atividades terroristas” pelo Hamas.

Também esta segunda-feira, pelo menos dois palestinianos, uma mulher e um adolescente de 15 anos, morreram na sequência de disparos efetuados pelo Exército de Israel durante uma operação em Tulkarem, a norte da Cisjordânia.

Sobe assim para 550 (desde janeiro) o números de palestinianos mortos na Cisjordânia vítimas das ações de Israel, um número que deverá aumentar nos próximos tempos, uma vez que o Exército israelita lançou hoje mesmo uma operação militar de grande escala precisamente em Tulkarem (refúgio de dezenas de membros da denominada Brigada Tulkarem, ligada aos grupos armados da Fatah e da Jihad Islâmica).

Esta operação tem lugar um dia após Israel bombardear o campo de refugiados de Nur Shams, onde se encontrava um líder (que foi morto) da Jihad Islâmica.

Este é já a maior vaga de violência na região da Cisjordânia desde a Segunda Intifada.

Veículos militares israelitas em Jenin, na Cisjordânia

Raneen Sawafta/Reuters

Guerra no Médio Oriente

OUTRAS NOTÍCIAS EM DESTAQUE:

⇒ O exército israelita ordenou, também esta segunda-feira, nova evacuação em Al-Qarara, Bani Suheila e outras localidades do leste das províncias de Khan Yunis e Rafah, no sul da Faixa de Gaza. O porta-voz do exército israelita, Avichay Adraee, justificou a evacuação no seguimento dos “disparos de 20 projéteis” a partir da região de Khan Yunis.

Fuente

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here