O Espanhol A ilha de Maiorca, popular entre os turistas britânicos, disse que quer proibir certos voos e reduzir o número total de chegadas aos aeroportos, já que a ilha está à beira do “colapso” devido ao número de turistas.
No dia 20 de maio, Ferran Rosa — do partido de oposição Més — insistiu que os cidadãos das Ilhas Baleares têm direito a uma vida digna e, portanto, deve haver uma redução no número de voos que chegam aos aeroportos do arquipélago.
“Maiorca já não está sobrelotada, Maiorca está em colapso”, insistiu Rosa, apelando a uma redução “urgente” – uma das principais medidas para diminuir o número de turistas.
“Não é possível ter aeroportos que, ano após ano, quebram recordes.”
Rosa continuou a atacar a autoridade aeroportuária – Aena – por pensar exclusivamente em dividendos: “Vinte por cento dos seus lucros provêm dos aeroportos das Baleares. Já é suficiente.”
Més então apresentou uma moção no parlamento das Baleares para pressionar o governo espanhol a reduzir o número de voos e acabar com os voos privados. O partido também quer que Madri interrompa os projetos de expansão nos aeroportos das ilhas.
Eles pediram ao governo das Baleares que entrasse em negociações com o governo nacional para participação regional na gestão dos aeroportos e dos cinco portos estaduais. “Ter as chaves das portas de entrada e saída da nossa casa é essencial.”
No que diz respeito a Aena, Més quer que o governo espanhol reverta a privatização. A participação do governo é atualmente de 51%. A participação privada de 49 por cento tornaria o envolvimento do governo regional na gestão dos aeroportos muito difícil, se não impossível, disse o governo. Durante pelo menos 25 anos, os governos de direita e de esquerda nas Baleares defenderam esse envolvimento.
A moção falhou, no entanto, com Maria José Verdu, deputada do partido de direita Vox, a dizer que as medidas teriam “um efeito catastrófico” na economia local, com 30 por cento do PIB das ilhas proveniente do turismo.
“O turismo representa uma parte fundamental da nossa economia, gerando milhares de empregos e receitas para as nossas ilhas”, disse Verdu.
