Home Entretenimento Rússia diz-se preocupada com tropas ucranianas na fronteira da Bielorrússia, Ucrânia fala...

Rússia diz-se preocupada com tropas ucranianas na fronteira da Bielorrússia, Ucrânia fala em “operação de desinformação” (guerra, dia 859)

28
0

A Rússia mostrou-se, esta segunda-feira, apreensiva face ao alegado reforço do envio de soldados, armas e outros equipamentos militares por parte de Kiev para Zhytomyr, cidade no noroeste do país não muito longe da fronteira com a Bielorrússia. As informações terão sido avançadas recentemente pelo Ministério da Defesa de Minsk e levaram o porta-voz do Kremlin a afirmar, numa conferência de imprensa, que havia “razão para preocupação não só para Minsk, mas também para Moscovo”.

A Ucrânia classificou as declarações de Dmitry Peskov como “uma operação de desinformação”. À televisão estatal ucraniana, o porta-voz da guarda fronteiriça Andriy Demchenko, salientou que “não é a primeira vez que a Bielorrússia divulga informação sobre a Ucrânia, [com a narrativa de] que é uma ameaça e se está a fortalecer”.

O responsável referiu, ainda, que esta é mais uma ação da guerra de informação “conduzida pela Bielorrússia e com apoio da Rússia”. Porém, Andriy Demchenko reconheceu que a fronteira com a Bielorrússia continua a ser “perigosa” para a Ucrânia, que tem aí destacadas “as forças necessárias” para evitar provocações do outro lado.

A Bielorrússia é o aliado mais próximo da Rússia e partilha com ela fortes laços históricos, políticos e económicos. Em vésperas da invasão russa da Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, Minsk autorizou a realização de exercícios militares no seu território junto à fronteira ucraniana e, desde então, tem manifestado várias vezes o seu apoio à “operação militar especial” lançada por Moscovo. Desde o ano passado, Minsk tem recebido armas nucleares táticas russas com as quais tem vindo a realizar vários exercícios militares.

Face ao suposto aumento das tropas ucranianas nas proximidades da Bielorrússia, Dmitry Peskov lembrou que aquele país forma parte de um Estado de União juntamente com a Rússia, com base no tratado assinado em dezembro de 1999, e que determina uma colaboração aprofundada entre os dois. “Os nossos ministérios de Defesa estão em contacto permanente um com o outro”, afirmou.

Outras notícias que marcaram o dia:

A Rússia bombardeou o seu próprio território quase 40 vezes num ano, revelou uma investigação publicada pelo ‘The Washington Post’. Um documento consultado pelo jornal norte-americano, e que terá sido compilado pelo departamento de emergência da cidade de Belgorod, na fronteira com a Ucrânia, dá conta de 38 incidentes entre abril de 2023 e abril de 2024. Em causa estará o mau funcionamento dos sistemas de navegação das bombas planadoras, dispositivos militares que têm sido muito usados pela Rússia, devido à sua simplicidade e baixo custo.

⇒ O Presidente da Ucrânia apelou ao Ocidente para que flexibilize os limites de alvos para as forças ucranianas, que têm sido sistematicamente atacadas com bombas planadoras nas regiões de Kharkiv e Donetsk. Só na última semana, Moscovo terá lançado 800 destas bombas na Ucrânia, de acordo com Volodymyr Zelensky. “A Ucrânia precisa dos meios necessários para destruir os transportadores destas bombas, nomeadamente os aviões de combate russos, onde quer que estejam. Este passo é essencial”, escreveu numa publicação nas redes sociais.

⇒ Zelensky disse que a Casa Branca “ainda não está preparada” para convidar a Ucrânia a aderir à NATO. Numa entrevista ao ‘The Philadelphia Inquirer’, o chefe de Estado ucraniano comentou as declarações do ex-presidente norte-americano, Donald Trump, que sugeriu recentemente que a proposta de adesão de Kiev à Aliança Atlântica originou a invasão russa. “Infelizmente, esta é a política de um passo em frente, dois passos atrás”, lamentou. Zelensky aproveitou para pedir novamente aos aliados mais sistemas Patriot, caças F-16 “e a oportunidade de utilizar armas [dentro da Rússia]”.

Fuente

LEAVE A REPLY

Please enter your comment!
Please enter your name here