Um grupo de estudantes da Universidade Ashoka organizou um protesto durante a cerimônia de convocação realizada recentemente, desafiando a parceria da instituição com a Universidade de Tel Aviv em meio ao atual conflito entre Israel e Palestina.
Vestindo trajes árabes e exibindo cartazes pró-Palestina no sábado, os manifestantes expressaram seu descontentamento com “a associação contínua da Ashoka com a instituição israelense”.
Respondendo ao acontecimento, a Universidade Ashoka disse na segunda-feira que não acredita em restringir a liberdade de seus alunos, embora tenha acrescentado que o ato não representa as opiniões da universidade.
O protesto surgiu de uma petição enviada pelo Student Government à administração da universidade em maio, pedindo o rompimento de laços com a Universidade de Tel Aviv. A petição citou preocupações sobre a situação em Gaza, afirmando: “Nós pedimos… (para) suspender imediatamente todas as colaborações acadêmicas e de pesquisa existentes com Tel Aviv (e) abster-se de entrar em quaisquer novos acordos.”
No entanto, a administração rejeitou o pedido, o que motivou a manifestação no dia da formatura um mês depois.
Um estudante, que se formou na cerimônia e estava entre os manifestantes, disse: “Aproximadamente 10-15 estudantes do programa Young India Fellowship, curso de diploma de pós-graduação da Ashoka, participaram do protesto. Eles exibiram cartazes enquanto usavam keffiyehs.”
Outro estudante disse: “Era um imperativo moral meu, como estudante, usar qualquer espaço disponível para mim (para protestar).”
Em uma declaração, a Ashoka University disse: “A Ashoka University está comprometida com o princípio da liberdade de expressão e discurso, e não acredita em restringir essa liberdade para qualquer indivíduo ou grupo que faça parte da nossa comunidade. No entanto, as opiniões de qualquer indivíduo ou grupo dentro da comunidade Ashoka não representam as opiniões da Universidade.”
A declaração ainda dizia: “A Ashoka opera com base no princípio da neutralidade institucional, de acordo com as melhores convenções globais.
Portanto, a universidade não assume nenhuma posição política nem aplica essas posições a relacionamentos e parcerias existentes.”
