O presidente do Quênia, William Ruto, disse que o Quênia precisará aumentar seus empréstimos para financiar o governo, após a retirada do controverso projeto de lei de finanças que desencadeou protestos mortais.
De acordo com o presidente Ruto, o governo precisará tomar emprestado um trilhão de xelins adicionais (US$ 7,6 bilhões), um aumento de 67% em relação aos planos anteriores. Essa medida visa cobrir o déficit orçamentário e manter o governo à tona.
“Tenho trabalhado muito duro para tirar o Quênia da armadilha da dívida. É fácil para nós, como país, dizer: ‘Vamos rejeitar o projeto de lei de finanças.’ Isso é bom. E eu graciosamente disse que abandonaremos o projeto de lei de finanças, mas isso terá consequências enormes”, disse o presidente.
O projeto de lei de finanças, que visava aumentar impostos para pagar parte da dívida de US$ 80 bilhões do Quênia, foi descartado depois que protestos generalizados se tornaram violentos, resultando em perdas de vidas e danos materiais.
A oposição e grupos da sociedade civil criticaram o projeto de lei, dizendo que ele sobrecarregaria desproporcionalmente os cidadãos comuns e pioraria os problemas econômicos do país.
O aumento dos empréstimos provavelmente levantará preocupações entre credores internacionais e agências de classificação de crédito, que já expressaram preocupações com os crescentes níveis de dívida do Quênia.