Mas isso não significa que você só precisa se alimentar bem por um ano.
Um novo estudo acompanhando pessoas e suas dietas ao longo de décadas descobriu que o que elas comiam aos 43 anos tinha um impacto significativo no declínio da memória na vida adulta. Até agora, os estudos sobre demência se concentravam principalmente nos hábitos alimentares de pessoas na faixa dos 60 e 70 anos.
A pesquisa analisou dados de 3.059 adultos do Reino Unido que nasceram em 1946 e foram monitorados por mais de 75 anos como parte de um projeto de pesquisa nacional.
Os participantes preencheram diários alimentares em diferentes idades para fornecer um instantâneo de suas dietas, que foram classificadas como de qualidade “baixa”, “moderada” ou “alta” com base em fatores como a quantidade de vegetais ou alimentos açucarados que consumiam.
Eles também realizaram testes cognitivos regulares que mediam a função cerebral e a memória entre as idades de 4 e 63 anos.
Os participantes foram então divididos em grupos com base em seu desempenho, o que mostrou uma forte ligação com a dieta.
No entanto, uma idade específica, 43, provou ser o preditor mais forte de risco de demência na vida adulta. Dietas de melhor qualidade nessa idade resultaram em menor risco de declínio cognitivo, e cada pequeno aumento na qualidade a partir dessa idade reduziu o risco de uma função cerebral inferior em 4%.
A autora principal, Dra. Kelly Cara, disse: ‘Padrões alimentares ricos em grupos de alimentos vegetais integrais ou menos processados, incluindo vegetais de folhas verdes, feijões, frutas inteiras e grãos integrais, podem ser mais protetores.
‘Ajustar a ingestão alimentar em qualquer idade para incorporar mais desses alimentos e se alinhar mais às recomendações alimentares atuais provavelmente melhorará nossa saúde de muitas maneiras, incluindo nossa saúde cognitiva.’
Por exemplo, os resultados revelaram que apenas cerca de 8% das pessoas com dietas de baixa qualidade mantiveram alta capacidade cognitiva, enquanto cerca de 7% das pessoas com dietas de alta qualidade mantiveram baixa capacidade cognitiva ao longo do tempo, em comparação com seus pares.
Os resultados foram apresentados na Conferência Nutrição 2024.
A equipe acrescentou: “Nossos resultados sugerem que os padrões alimentares na meia-idade, antes dos 50 anos, podem ser mais preditivos de tendências cognitivas até os 69 anos.”
Sintomas iniciais de demência
Existem alguns sintomas comuns de demência precoce que podem aparecer algum tempo antes do diagnóstico, que são:
- Perda de memória
- Dificuldade de concentração
- Ter dificuldade em realizar tarefas diárias familiares, como ficar confuso sobre o troco correto ao fazer compras
- Lutando para acompanhar uma conversa ou encontrar a palavra certa
- Estar confuso sobre tempo e lugar
- Mudanca de humor
Fonte: NHS
A Dra. Kelly Cara disse: ‘Essas descobertas iniciais geralmente apoiam as orientações atuais de saúde pública de que é importante estabelecer padrões alimentares saudáveis no início da vida para manter a saúde ao longo da vida.
‘Nossas descobertas também fornecem novas evidências sugerindo que melhorias nos padrões alimentares até a meia-idade podem influenciar o desempenho cognitivo e ajudar a mitigar, ou diminuir, o declínio cognitivo em anos posteriores.’
Os pesquisadores acrescentaram que mesmo pequenas diferenças na qualidade da dieta na infância parecem definir o tom da dieta na vida adulta – para melhor ou para pior.
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