“A Ministra da Cultura não toma decisões com base em cartas anónimas”. Foi desta forma que Dalila Rodrigues reagiu à mais recente polémica do setor, relativa à nomeação de João Soalheiro para a direção do instituto do Património Cultural.
Acusado de, desde que tomou posse a 5 de junho, ter demitido funcionários e de assumir comportamentos desadequados, como exigir tratamentos excessivamente protocolares, que motivaram a redação de uma carta anónima enviada aos deputados, João Soalheiro está perplexo.
Ao Expresso, confirma as demissões e as extinções de alguns serviços e diz que se vai defender “em sede própria”. Até lá, pede apenas “24 horas para respirar”. Entretanto, a ministra anunciou esta quarta-feira no Parlamento, que ao tomar conhecimento dos factos descritos, o assunto foi encaminhado para a Inspeção Geral das Atividades Culturais que iniciou já um processo de averiguações. “No termo do qual a Senhora Ministra tomará uma decisão fundamentada em factos e não em especulações”, avançou ao Expresso o gabinete de Dalila Rodrigues.