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Reter o talento com uma ”fiscalidade mais amiga dos jovens e da classe trabalhadora"

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A emigração de pessoas jovens de Portugal para outros destinos onde recebem melhores salários, ou em busca de outras oportunidades, é uma questão cada vez mais evidente, e que pode provocar prejuízos graves para o país a curto prazo.

Entre o que é possível fazer para convencer os que saírem a voltarem de forma mais regular e mudanças estruturais a promover de forma transversal em todos os sectores da sociedade, a discussão alargou-se a várias personalidades e estendeu-se ao longo da tarde na Nova SBE, onde se realizou a conferência “Portugal: o país onde vais querer estar”, organizada pela Associação Business Roundtable Portugal (BRP), e que contou com o Expresso como parceiro de mídia.

O evento contou com a presença de Carlos Moreira da Silva, presidente da Associação BRP; Pedro Ginjeira do Nascimento, secretário-geral da Associação BRP; Bernardo Almeida, youtuber; Paula Amorim, presidente da Galp; Pedro Castro e Almeida, presidente do Santander Europa; Martim de Sousa Tavares, maestro; Ricardo Araújo Pereira, humorista e comentador; Helena Sacadura Cabral, economista e escritora; Mafalda Rebordão, co-fundadora do Coletivo Matéria; Ricardo Pires, CEO da Semapa; Sérgio Sousa Pinto, deputado; Vasco Elvas, tik tokerTRO; Luís Montenegro, primeiro-ministro; Pedro Rente Lourenço, data scientist na Laing O’Rourke (Reino Unido); Rosália Cubal Pena, médica na Point f, Suíça; Pedro Brinca, professor e investigador na Nova SBE; Daniela Melchior, atriz; Maria Manuel Mota, CEO da Fundação GIMM – Gulbenkian Institute for Molecular Medicine; e Nuno Marques, CEO da Visabeira.

Conheça as principais conclusões.

Convencer a voltar

  • “Intuímos que se pode fazer mais e melhor para atrair portugueses que emigraram”, garante Carlos Moreira da Silva.
  • Se sair do país para ter experiência no estrangeiro é visto como bom pelos participantes, importa que essa saída não seja sistemática, não seja só por falta de oportunidades, e que leve consigo a oportunidade (e vontade de regressar).
  • “Gostava muito de poder regressar a Portugal”, admite Mafalda Rebordão.

Trabalhar em conjunto

  • Deve haver uma grande sinergia entre Estado, sector privado e sociedade para criar condições para tornar os empregos mais atrativos e dar mais condições para criar empresas com maior escala, por exemplo.
  • É preciso um “modelo de meritocracia, valorização das pessoas e uma dinâmica diferente”, diz Paula Amorim.
  • Para Sérgio Sousa Pinto “há um problema de crescimento” em Portugal. E “sem crescimento não há prosperidade”.

Mudanças a operar

  • “A vontade não chega se não houver ousadia”, atira Helena Sacadura Cabral.
  • Segundo Ricardo Pires, “uma startup em Portugal só nasce com ambição global e isso atrai talento. É preciso escala”.
  • “Há uma palavra que estimula muito as pessoas que é salário”, lembra Ricardo Araújo Pereira.

Impacto do regresso

  • Numa conversa com dois emigrantes, Luís Montenegro afirmou que “o nosso perfil de emigração mudou muito, é hoje muito mais qualificada” e manifestou desejo de ter “uma ”fiscalidade mais amiga dos jovens e da classe trabalhadora”.
  • “Quero uma fiscalidade em Portugal que seja estímulo económico”, apontou.
  • “Tenho que agradecer a Portugal a formação que me deu, é excecional”, diz Rosália Cubal Pena.

Futuro

  • É preciso “ganhar escala nas empresas”, afirma Pedro Brinca.
  • Precisamos de “uma população que tenha capacidade de pensar”, acredita Maria Manuel Mota.
  • Como confessa Daniela Melchior, “as portas” para trabalhar em Portugal “continuam abertas”.

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