O Hezbollah diz que disparou 200 foguetes contra Israel em um de seus maiores bombardeios até agora, como parte de um ataque de vingança após a morte de um de seus principais comandantes.
Fotos e vídeos postados nas redes sociais mostram colunas de fumaça subindo do norte de Israel depois que Abu Ali Nasser, comandante da Unidade Aziz do Hezbollah, foi morto pela Força Aérea israelense.
O ataque teve como alvo o sul do Líbano na quarta-feira, antes do Hezbollah retaliar disparando mais de 200 foguetes contra Israel hoje.
Agora, acredita-se que Israel esteja formando uma retaliação massiva após relatos de que o país estava “queimando”.
O ataque do grupo militante apoiado pelo Irã na quinta-feira foi um dos maiores no conflito de meses ao longo da fronteira entre Líbano e Israel, com tensões aumentando nas últimas semanas.
O exército israelense disse que “numerosos projéteis e alvos aéreos suspeitos” entraram em seu território vindos do Líbano, muitos dos quais, segundo ele, foram interceptados. Não houve relatos imediatos de vítimas.
O ataque ocorreu depois que o grupo sediado no Líbano disse ter lançado foguetes com ogivas pesadas contra o quartel-general da 769ª Brigada militar israelense em Kiryat Shmona.
Outras 100 salvas de foguetes Katyusha atingiram o quartel-general da 210ª divisão de Israel e a base aérea de Kilaa, nas Colinas de Golã sírias ocupadas por Israel.
Mais tarde, o grupo disse que atacou o quartel de Zaarit, perto da fronteira, com foguetes Burkan, outro tipo de foguete com ogivas pesadas, como o Falaq.
Diplomatas internacionais estão se esforçando para evitar que os confrontos quase diários entre Israel e o Hezbollah se transformem em uma guerra total que poderia levar a um confronto direto entre Israel e o Irã, que é o principal apoiador do Hezbollah.
O Hezbollah afirma que está atacando Israel em solidariedade ao Hamas, outro grupo aliado ao Irã que iniciou a guerra em Gaza com seu ataque de 7 de outubro ao sul de Israel.
A liderança do grupo disse que interromperá os ataques quando houver um cessar-fogo em Gaza e que, embora não queira guerra, está pronta para uma.
Algumas autoridades israelenses disseram que estão buscando uma solução diplomática para o impasse e esperam evitar a guerra.
Ao mesmo tempo, eles alertaram que as cenas de destruição vistas em Gaza se repetirão no Líbano se a guerra eclodir.
Dezenas de milhares de pessoas de ambos os lados da tensa fronteira foram deslocadas na guerra que durou meses.
Ataques aéreos israelenses no Líbano desde outubro mataram mais de 450 pessoas, a maioria delas combatentes do Hezbollah, mas os mortos também incluem mais de 80 civis e não combatentes. Do lado israelense, 16 soldados e 11 civis foram mortos.
