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Mulher casada, 27, sofre de dor crônica e inicia campanha de arrecadação de fundos para eutanásia na Suíça após prática ser proibida no Brasil

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Um estudante brasileiro de veterinária que sofre de uma doença rara e sem cura está prosseguindo com os planos de morrer por eutanásia na Suíça, porque o procedimento é proibido no país sul-americano.

Carolina Arruda, 27 anos, natural de Bambuí, foi diagnosticada com neuralgia do trigêmeo bilateral há 11 anos.

Arruda tinha apenas 16 anos quando sentiu a dor pela primeira vez, sentada no sofá da avó.

A condição, que afeta quatro em cada 100.000 pessoas no mundo, gera dor extrema, que ela compara a receber um choque em ambos os lados do rosto com 220 volts.

A doença afeta o nervo trigêmeo, que transmite sinais do rosto para o cérebro.

Carolina Arruda, uma estudante de veterinária de 27 anos, está arrecadando fundos para cobrir o custo de sua viagem para a Suíça, onde planeja morrer por eutanásia. A mãe casada de uma menina de 10 anos foi diagnosticada com neuralgia do trigêmeo bilateral há 11 anos.

Carolina Arruda sofre de neuralgia bilateral do trigêmeo, uma condição que afeta o nervo trigêmeo que transmite sinais do rosto para o cérebro. A doença gera uma dor, que ela compara a um choque de 200 volts, em ambos os lados do rosto. Mastigar alimentos, escovar os dentes, beber e simplesmente espirrar podem causar dor

Carolina Arruda sofre de neuralgia bilateral do trigêmeo, uma condição que afeta o nervo trigêmeo que transmite sinais do rosto para o cérebro. A doença gera uma dor, que ela compara a um choque de 200 volts, em ambos os lados do rosto. Mastigar alimentos, escovar os dentes, beber e simplesmente espirrar podem causar dor

A dor pode ser causada apenas pela mastigação de alimentos, escovação dos dentes, ingestão de líquidos e simplesmente espirros.

“Imagine uma dor que impossibilita falar, sorrir, comer. São as coisas mais simples que essa dor me limita e incapacita de uma forma que não consigo descrever”, Arruda disse recentemente à CNN Brasil.

‘Há momentos em que tudo o que posso fazer é deitar e me enrolar num canto e esperar que essa dor vá embora, mas ela nunca vai embora de verdade. Eu vivo com essa dor 24 horas por dia.’

Arruda, que no mês passado comemorou três anos de casamento com o marido e tem uma filha de 10 anos, tentou suicídio em duas ocasiões.

Ela passou por quatro cirurgias, tentou tratamentos alternativos, melhorou sua dieta e fez exercícios.

Não faz muito tempo que ela começou a experimentar o canabidiol. Embora tenha havido uma leve “melhora”, não lhe proporcionou “alívio completo”.

Carolina Arruda chegou à decisão de optar pela eutanásia porque acredita ter esgotado todas as opções apresentadas pelos médicos que a tratam da nevralgia do trigémeo bilateral, uma doença que não tem cura.

Carolina Arruda chegou à decisão de optar pela eutanásia porque acredita ter esgotado todas as opções apresentadas pelos médicos que a tratam da nevralgia do trigémeo bilateral, uma doença que não tem cura.

Carolina Arruda disse que sua 'decisão de fazer a eutanásia foi a decisão mais difícil e, ao mesmo tempo, a mais clara para mim'. A prática é proibida no Brasil, mas permitida na Bélgica, Canadá, Colômbia, Equador, Luxemburgo, Holanda, Nova Zelândia, Espanha e todos os seis estados da Austrália

Carolina Arruda disse que sua ‘decisão de fazer a eutanásia foi a decisão mais difícil e, ao mesmo tempo, a mais clara para mim’. A prática é proibida no Brasil, mas permitida na Bélgica, Canadá, Colômbia, Equador, Luxemburgo, Holanda, Nova Zelândia, Espanha e todos os seis estados da Austrália

Carolina Arruda com o marido

Carolina Arruda com o marido

“Tentei vários tratamentos farmacológicos, desde medicamentos convencionais até opções mais experimentais”, disse ela. “Investi tempo, dinheiro e uma quantidade imensa de energia na busca por qualquer coisa que pudesse aliviar minha dor.”

Arruda acredita ter esgotado todas as opções oferecidas por sua equipe médica e está buscando ajuda de uma instituição de caridade na Suíça, um dos nove países do mundo que permite a eutanásia.

Ela iniciou uma arrecadação de fundos no site de financiamento coletivo brasileiro, Vakinha, para cobrir os custos médicos e de viagem que ultrapassam US$ 27.000.

‘A decisão de fazer a eutanásia foi a decisão mais difícil e, ao mesmo tempo, a mais clara para mim’, disse Arruda. ‘Mesmo com o apoio da minha família e todas as possibilidades de uma vida feliz, a dor constante transformou minha vida em um verdadeiro tormento.

‘Todos os dias, eu tentava encontrar significado, encontrar esperança, mas a dor estava sempre lá, sem parar’, ela acrescentou. ‘Não é uma falta de amor pela vida ou pelas pessoas ao meu redor, é simplesmente um clamor por compaixão, por um fim digno, sabe?’

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