- George Pell morreu de parada cardíaca no ano passado
- Seu corpo teria um nariz quebrado
Surgiram alegações de que o cardeal George Pell tinha o nariz quebrado e não estava vestido adequadamente quando seu corpo foi repatriado para a Austrália após sua morte em Roma.
Pell, 81, morreu em 10 de janeiro de 2023 no Hospital Salvator Mundi quando sofreu uma parada cardíaca após uma operação de rotina de substituição do quadril.
Seu funeral na Basílica de São Pedro, quatro dias depois, teria “levantado suspeitas” entre os membros do Vaticano quando não houve o tradicional caixão aberto.
Pell era responsável por administrar o tesouro do Vaticano, sua terceira função mais importante, e foi especificamente incumbido pelo Papa Francisco de trazer transparência e supervisão a centenas de anos de finanças obscuras da instituição.
O processo lhe rendeu uma resistência significativa de figuras dentro do Vaticano, algumas das quais foram acusadas de crimes financeiros, como fraude, conspiração e peculato.
A tarefa também se tornou mais difícil quando Pell foi acusado pela Polícia de Victoria em 2017 por alegações históricas de abuso infantil, o que o levou a passar 13 meses em uma prisão australiana antes de ser absolvido de todas as acusações em apelação.
De acordo com uma reportagem do The Australian desta semana, após o retorno de Pell a Roma após ser preso na Austrália e sua subsequente morte, “rumores circularam pela Santa Sé durante meses de que seu corpo foi deixado em desordem após a autópsia”, que ele não estava usando sapatos e que suas roupas foram “jogadas” no caixão.
Surgiram alegações de que o cardeal George Pell teve o nariz quebrado e não estava vestido adequadamente quando seu corpo foi repatriado para a Austrália após sua morte em Roma.
O colunista do Herald Sun, Andrew Bolt, afirmou ter ouvido os rumores e, após uma ligação para o irmão de Pell, disse que conseguiu revelar que a família descobriu que o nariz do cardeal estava quebrado após o corpo retornar à Austrália, no que Bolt chamou de “insulto final”.
Segundo Bolt, pode ter sido “incompetência”, mas alguns dos associados mais próximos de Pell lhe disseram que suspeitavam que o tratamento rude de seu corpo “poderia ser um sinal de que alguns no Vaticano não perdoaram Pell por perseguir a corrupção”.
“Pell uma vez me disse que não se sentia seguro no Vaticano enquanto perseguia os bandidos”, disse Bolt.
“O que foi feito com seu corpo me faz suspeitar que ele estava certo.”
O próprio Pell disse em 2021 que ficou surpreso com a quantidade de resistência que encontrou dentro da igreja para modernizar suas finanças.
“Subestimei a engenhosidade e a resiliência dos oponentes da reforma”, disse Pell em setembro de 2021.
Pell fazia parte de uma equipe de três homens que investigava as finanças do Vaticano, que também incluía o ex-contador da Deloitte, Libero Milone, como auditor-geral.
O próprio Pell disse em 2021 que ficou surpreso com a quantidade de resistência que encontrou dentro da igreja para modernizar suas finanças
Milone foi demitido em circunstâncias misteriosas em 19 de junho de 2017, mesmo ano em que Pell foi acusado de espionagem.
Em uma entrevista coletiva, Milone disse que a demissão foi uma tentativa de desacelerar a agenda de reformas do Papa Francisco e fez alegações de que seu telefone havia sido grampeado.
O terceiro membro, que era vice de Milone, Ferruccio Panicco, foi forçado a renunciar um dia depois, depois que seu escritório foi invadido pela polícia do Vaticano, que confiscou seus computadores.
Pannicco morreu ano passado de câncer de próstata.
Em 16 de dezembro do ano passado, dez altas figuras do Vaticano foram consideradas culpadas de crimes financeiros.
O “Julgamento do Século” do Vaticano, como foi apelidado, foi desencadeado em 2021 depois que o Vaticano perdeu 350 milhões de euros em um negócio imobiliário em Londres.
