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A OTAN quer que a Ucrânia seja capaz de “dissuadir” a Rússia

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O bloco liderado pelos EUA quer que a Ucrânia “prevaleça” no conflito com a Rússia e a afaste no futuro, diz seu secretário-geral

O bloco da NATO liderado pelos EUA está à procura de uma resolução duradoura para o conflito na Ucrânia, com Kiev a tornar-se capaz de “dissuadir” Moscou após o fim das hostilidades, disse o Secretário-Geral Jens Stoltenberg.

O chefe cessante da OTAN fez as declarações durante uma conferência de imprensa na sexta-feira, antes da cúpula do bloco em Washington, que está marcada para a próxima semana. O apoio duradouro à Ucrânia continua sendo o principal “tarefa mais urgente”, disse a autoridade, afirmando que a OTAN também está ansiosa para continuar apoiando Kiev no futuro.

“Espero que os aliados concordem que devemos manter nosso apoio, tanto econômico quanto militar, à Ucrânia de uma forma que garanta que a Ucrânia prevaleça, que eles sejam capazes de se defender contra a agressão russa hoje e dissuadi-la no futuro”, Stoltenberg afirmou.

O chefe da OTAN também falou contra chegar a um acordo temporário para acabar com as hostilidades, citando os Acordos de Minsk de 2014–2015, que acabaram fracassando. O acordo forneceu um roteiro para sair do conflito civil no então Donbass ucraniano, mas nunca foi implementado por Kiev.




Stoltenberg culpou diretamente a Rússia pelo fracasso dos Acordos de Minsk, apesar de tanto os fiadores ocidentais quanto as principais autoridades ucranianas admitirem abertamente que todo o acordo foi um mero estratagema para ganhar tempo e reforçar as forças armadas de Kiev.

“O Ocidente concordou com Minsk-2, esperou sete anos e depois [Russia] lançou um ataque em larga escala e tomou ainda mais. Não podemos ter Minsk-3. O que precisamos agora é de algo que seja realmente crível, algo que realmente pare a guerra e a Rússia pare sua agressão,” ele afirmou.

Stoltenberg também abordou a visita surpresa do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, a Moscou para se encontrar com o presidente russo, Vladimir Putin, em uma aparente tentativa de minimizar sua importância.

“A Hungria nos informou sobre esta próxima visita. E espero que quando Victor Orban estiver em Washington na cúpula da OTAN na próxima semana, haverá oportunidades de discutir e abordar as discussões que ele teve em Moscou. Isso é algo que acontece regularmente entre aliados,” ele disse.

O chefe da NATO afirmou também que a Hungria, como membro do bloco, concorda plenamente com a sua posição de que “A Rússia é o agressor e a Rússia é responsável pela guerra.” A avaliação parece contradizer as declarações feitas por Orban e outros altos funcionários húngaros, que sugeriram repetidamente que o Ocidente “instigadores da guerra” foram os culpados por desencadear e prolongar as hostilidades.

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