Filmes de terror são, sem dúvida, mais permitidos pela sociedade em geral, mas o terror e a pornografia compartilham um parentesco na forma como são politizados e empurrados para o centro dos pânicos morais, servindo como um barômetro para a posição moral de uma pessoa. O consumo de terror e/ou pornografia ainda é altamente estigmatizado, apesar de ambas as formas de entretenimento se mostrarem prolíficas e lucrativas. Os bastidores das locadoras de vídeo ficaram para trás e é quase impossível rolar as mídias sociais sem um [N U D E S I N B I O] bot interrompendo qualquer inferno novo de discurso de filme que nos tenha consumido em qualquer dia. As pessoas admitem livremente ter contas no OnlyFans, e ainda assim há um estigma ridículo associado a ter sido um artista adulto em qualquer capacidade. Não exatamente no mesmo nível, mas há um estigma semelhante associado a artistas de terror.
A lendária Barbara Crampton escreveu uma peça fantástica para Fangoria chamado “Don’t Call Me a Scream Queen”, explicando que o rótulo cativante diminui o trabalho muito duro de atuar em um filme de terror. “Eu não amo o termo. Particularmente porque há uma longa história de atrizes sendo rebaixadas, subestimadas e manipuladas por diretores homens”, comentou a diretora Sarah Adina Smith. “Há atrizes sérias e ferozmente inteligentes trabalhando em filmes de gênero e eu nunca iria querer banalizar suas contribuições.”
Fãs de terror são realmente fanáticos em sua dedicação àqueles que consistentemente atuam no gênero, mas isso não significa muito para diretores de elenco ou produtores quando olham para talentos crossover. A Academia notoriamente desconsidera as habilidades dos artistas de terror, e é por isso que tantos atores tendem a continuar fazendo filmes de terror ao longo de suas carreiras se não conseguem entrar no mainstream.
Estrelas de filmes adultos recebem o mesmo tratamento, mas com um calibre muito mais alto, mas o terror tende a ser o gênero que as recebe de braços abertos.
