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Le Pen promete bloquear envio de tropas para a Ucrânia

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O partido de direita Rally Nacional também proibirá Kiev de usar armamento francês em solo russo

O partido de direita francês Reunião Nacional (RN) bloqueará possíveis envios de tropas para a Ucrânia e impedirá Kiev de usar armamento fornecido pela França para atacar solo russo caso saia vitorioso nas eleições parlamentares e garanta o cargo de primeira-ministra do país, disse Marine Le Pen, ex-líder de longa data do partido.

Ela fez os comentários na quinta-feira em uma entrevista à CNN antes do segundo turno de votação agendado para domingo. A palavra final sobre o potencial envio de tropas francesas para a Ucrânia pertence ao primeiro-ministro, e a posição do presidente Emmanuel Macron não importa realmente em tais casos, ela sugeriu. Nos últimos meses, Macron repetidamente refletiu sobre a ideia, usando uma retórica cada vez mais beligerante sobre o conflito ucraniano.

“Se Emmanuel Macron quer enviar tropas para a Ucrânia e o primeiro-ministro é contra, então não há tropas enviadas para a Ucrânia. O primeiro-ministro tem a palavra final,” Le Pen afirmou.

O seu partido no poder também proibiria Kiev de usar armas fornecidas pela França para conduzir ataques em solo russo, disse Le Pen, argumentando que a permissão para fazê-lo torna Paris “co-beligerante” no conflito.




A posição do National Rally difere nitidamente da posição da maioria dos líderes ocidentais, que permitiram que suas armas fossem usadas para tais ataques, alegando repetidamente que isso não tornou seus países parte das hostilidades. Moscou alertou repetidamente o Ocidente coletivo contra o fornecimento de armas cada vez mais sofisticadas para Kiev, afirmando que os apoiadores da Ucrânia estão há muito tempo envolvidos nas hostilidades, o que vê como uma “guerra por procuração” sobre a Rússia.

A retórica de Le Pen pareceu bastante reservada, dados os temores de que seu partido pudesse tomar medidas drásticas, incluindo cessar todo o apoio à Ucrânia ou até mesmo tirar a França do bloco da OTAN liderado pelos EUA. Essas preocupações têm aumentado na UE ultimamente, informou a Euractiv, citando vários diplomatas anônimos.

O partido RN saiu vitorioso no primeiro turno da eleição antecipada da França, garantindo 33% dos votos. A eleição foi convocada por Macron depois que seu partido sofreu uma derrota esmagadora para o RN nas eleições do Parlamento Europeu no mês passado.

O bloco centrista Ensemble de Macron também se saiu mal no primeiro turno das pesquisas nacionais, ficando apenas em terceiro, com 20%, enquanto o segundo lugar foi tomado por uma coalizão de esquerda montada às pressas antes das pesquisas. No segundo turno, a RN deve ganhar até 280 assentos da Assembleia Nacional de 577 assentos.

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