As tropas da Ucrânia tiraram de ação 1.110 soldados russos somente no dia 4 de julho, afirmou o Estado-Maior das Forças Armadas Ucranianas.
Estima-se que 548.580 soldados russos morreram ou ficaram feridos desde o início da invasão ilegal da Ucrânia ordenada por Vladimir Putin no final de fevereiro de 2022.
O relatório do exército ucraniano também afirmou que a Rússia perdeu nos últimos dois anos e meio 8.142 tanques, 15.611 veículos blindados de combate, 19.977 veículos e tanques de combustível, 14.831 sistemas de artilharia, 1.115 sistemas de lançamento múltiplo de foguetes, 878 sistemas de defesa aérea, 360 aviões, 326 helicópteros, 11.751 drones, 28 navios e barcos e um submarino.
Putin anunciou uma mobilização parcial de seu país em setembro de 2022. Apesar das enormes perdas sofridas pela Rússia desde então, ele se absteve de chamar mais civis para a linha de frente, uma medida considerada extremamente impopular.
O Kremlin tem contado, em vez disso, com o fluxo de condenados que se juntam ao exército russo.
Para ampliar o número de possíveis soldados disponíveis para o exército russo, os parlamentares do país votaram em março para permitir que criminosos suspeitos ou condenados se juntassem às tropas na linha de frente.
De acordo com esse projeto de lei, os recrutas teriam seus processos criminais suspensos ou teriam o restante de sua pena de prisão convertida em pena suspensa durante o período de serviço caso fossem para a Ucrânia para lutar.
Pessoas acusadas de traição, espionagem, terrorismo e crimes sexuais não seriam elegíveis para este esquema de recrutamento.
Para lidar com a grave escassez no campo de batalha, a Ucrânia também recorreu à sua população carcerária pela primeira vez neste verão.
Yevgeny Prigozhin, o falecido líder do Grupo Wagner que morreu em um acidente de avião em agosto, afirmou ter recrutado cerca de 50.000 prisioneiros para seu grupo mercenário.
Apesar do campo de batalha ucraniano ter se transformado em um moedor de carne para as tropas russas, Moscou assumiu o controle esta semana de partes da importante cidade de Chasiv Yar, no topo de uma colina, na frente oriental.
Esse acontecimento pode representar um grande problema para as tropas ucranianas, que estão tentando defender a área de novos avanços.
