Se considerarmos “Le Voyage Dans La Lune”, disco inspirado no filme-mudo de 1902 de Georges Méliès, um projeto à parte, podemos dizer que os franceses Air não editam um álbum de estúdio desde “Love 2”, de 2009. De lá para cá, o duo eletrónico composto por Nicolas Godin e Jean-Benoît Dunckel, nascido em meados da década de 1990, teve uma existência mais ou menos intermitente, com os dois músicos a dedicarem-se a projetos individuais até decidirem afastar-se dos palcos durante uns tempos. Agora, celebrando os 25 anos de “Moon Safari”, o álbum que os estabeleceu como nome forte do movimento french touch, ao lado de nomes como Daft Punk, Cassius ou Étienne de Crécy, Godin e Dunckel levam à estrada as canções que os deram a conhecer, aterrando em Portugal na próxima terça-feira para um concerto integrado no festival Ageas CoolJazz, em Cascais. A partir de Paris, Godin explicou ao Expresso que a sua relação com o álbum de ‘Sexy Boy’ e ‘Kelly Watch the Stars’ passou por fases menos pacíficas que o facto de agora o tocarem na íntegra fez com que voltasse a apaixonar-se por ele. “É como se estivesse a viver a minha juventude uma segunda vez”, admite, entre risos, “todas as noites toco as canções de ‘Moon Safari’, vejo o poster e o merchandising de ‘Moon Safari’ e dou entrevistas sobre ‘Moon Safari’, portanto sinto que nada mais se passou nestes 25 anos”.
