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Quando é que um pai é sexy | Crónica

Quando é que um pai é sexy | Crónica

Bem,

Achas que os homens têm consciência de como as mulheres ficam apaixonadas por eles quando os veem ser pais apaixonados pelos seus bebés?

É um bocadinho em contracorrente com a ideia de que a função dos pais é tomar conta das mães, enquanto elas cuidam dos bebés, mas ainda bem que tudo isso está a mudar e que cada vez mais pais conseguem fazer as duas coisas em simultâneo.

E daí não sei se será assim para todas as mulheres — talvez algumas preferissem não dividir o seu bebé com ninguém naqueles primeiros tempos. O que te parece?


Querida Mãe,

Acho que não! Acho mesmo que eles não têm noção do quão atraente e apaixonante é para uma mulher ver um homem ser um óptimo pai. Parece-me que se soubessem o quanto ficamos apaixonadas e o quanto renova até a nossa paixão teriam menos resistência a ir dar banhos e a levarem-nos a passear de manhã para as mães dormirmos mais um bocadinho. Porque depois de termos um filho nos braços sentimo-nos tão ligadas a ele que é como se fosse parte de nós. Amando-os, amam-nos.

E da mesma forma que o bebé precisa de conhecer o pai e o mundo a partir do colo da mãe, também nós precisamos de (re)conhecer as pessoas à nossa volta através desta criança. Como a tratam, como se envolvem com ela, como a tornam no centro das suas vidas, e a forma como o conseguem afeta muito a nossa relação com elas. A começar e a acabar no pai da criança, obviamente.

Zumbirse as mães preferiam ficar com o bebé só para si? Parece-me que todas as mães sentem um bocadinho de dificuldade em dividir o bebé com seja quem for, sobretudo um recém-nascido que transportaram nove meses dentro de si, mas simultaneamente têm também uma vontade enorme de o partilhar com quem goste dele tanto como elas. E aí, na primeira linha, está o pai, que só tem a ganhar em todas as frentes se deixar cair os preconceitos ou medos que ainda possa ter, e se entregar de corpo e alma aos seus filhos.

Beijinhos


O Birras de Mãeuma avó/mãe (e também sogra) e uma mãe/filhalogo de quatro filhos, separadas pela quarentena, começaram a escrever-se diariamente, para falar dos medos, irritações, perplexidade, raivas, mal-entendidos, mas também da sensação de perfeita comunhão que — ocasionalmente! — como invade. E, passado o confinamento, perceberam que não queriam perder este canal de comunicação, na esperança de que quem as leia, mãe ou avó, sinta que é de si que falam. As autoras escrevem segundo o Acordo Ortográfico de 1990

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