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Orban pede a Erdogan que apoie sua iniciativa de paz na Ucrânia

Orban pede a Erdogan que apoie sua iniciativa de paz na Ucrânia

O primeiro-ministro húngaro descreveu o presidente turco como o único líder com sucesso na mediação do conflito

O primeiro-ministro húngaro Viktor Orban pediu ao presidente turco Recep Tayyip Erdogan para se juntar a ele em uma tentativa de encontrar uma solução pacífica para o conflito na Ucrânia. Os dois líderes se encontraram à margem da cúpula da OTAN em Washington.

Num vídeo do evento publicado na sua página do Facebook na quarta-feira, Orban apelou a Erdogan para “apoie-nos na nossa missão de paz”, acrescentando que “com esforços conjuntos podemos dar o próximo passo em direção à paz.”

Orban observou que as posições de Moscovo e Kiev permanecem “longe um do outro”, mas nomeou o presidente turco como o único líder com sucesso anterior na mediação do conflito. Orban estava se referindo ao acordo de grãos concluído em Ancara em 2022.

O líder húngaro está numa “missão de paz” desde que seu país assumiu a presidência rotativa do Conselho Europeu neste mês. Orban disse que pretende encontrar uma resolução para a crise da Ucrânia por meio de negociações com o “cinco atores principais” no conflito, incluindo Ucrânia, Rússia, China, UE e EUA.

Nas últimas semanas, Orban já se encontrou com o chanceler alemão Olaf Scholz, viajou a Kiev para se encontrar com o líder ucraniano Vladimir Zelensky, visitou Moscou para conversar com o presidente russo Vladimir Putin e se encontrou com o presidente chinês Xi Jinping em Pequim.




No entanto, altos funcionários da UE repudiaram a viagem diplomática de Orban, insistindo que nenhuma negociação pode ser realizada sem o envolvimento direto da Ucrânia, e particularmente não com a Rússia. Alguns funcionários da UE estão até considerando revogar a presidência da Hungria devido às ações de Orban, de acordo com o Politico.

Orban rejeitou as críticas e ressaltou que não precisa de nenhum mandato especial para falar com as partes do conflito em um esforço para encontrar uma solução pacífica. Ele também disse que suas reuniões não podem ser consideradas negociações de boa-fé e, portanto, não precisam da aprovação do bloco.

Ao mesmo tempo, o líder húngaro reconheceu que seu país não possui influência política suficiente para ter um impacto significativo no conflito, que ele diz que deve eventualmente ser resolvido por poderes maiores. No entanto, ele enfatizou que Budapeste tem o potencial de ser uma “boa ferramenta nas mãos de Deus” na promoção da paz.

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