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Adesão da Ucrânia à NATO "não é uma questão de se mas de quando"

O secretário-geral da NATO afirmou esta quarta-feira que a adesão da Ucrânia à Aliança Atlântica “não é uma questão de se mas de quando”, sublinhando que os aliados concordaram que esse caminho “é irreversível”.

Na conferência de imprensa no final do primeiro dia de trabalhos da cimeira da NATO, que decorre até quinta-feira em Washington, Jens Stoltenberg justificou o compromisso dos aliados de apoiarem a Ucrânia com um montante anual não inferior a 40 mil milhões de euros.

“Não estamos a fazer isto porque queremos prolongar a guerra, mas porque queremos acabar com ela o mais rápido possível”, defendeu.

E acrescentou: “A não ser que queiramos que a Ucrânia perca, a não ser que nos queiramos curvar perante [o Presidente russo, Vladimir] Putin, temos de mostrar compromisso”.

“Na nossa reunião, também decidimos dar mais passos para aproximar ainda mais a Ucrânia da NATO”, disse, falando num caminho “irreversível para a integração” do país na Aliança Atlântica.

Segundo o secretário-geral da NATO, é preciso assegurar que “quando for o momento certo”, a Ucrânia se juntará à organização “sem demoras”.

“Não é uma questão de se mas quando”, frisou.

Na conferência de imprensa, o secretário-geral da NATO saudou também o reforço do investimento em defesa dos países aliados, salientando que o total já supera os 2% do Produto Interno Bruto dos Estados membros europeus e do Canadá.

“Cumprimos”, afirmou, referindo-se ao compromisso assumido na cimeira da NATO do ano passado.

Ainda em relação à Ucrânia, o secretário-geral considerou que foram tomadas decisões importantes, como a NATO assumir a coordenação da ajuda internacional a este país através de um comando liderado por um general de três estrelas e com cerca de 700 pessoas a trabalhar no complexo militar de Wiesbaden, na Alemanha.

“A NATO vai coordenar a formação das forças ucranianas em instalações em países aliados”, bem como as doações ao país, disse.

No entanto, Stoltenberg considerou que este apoio “não torna a NATO parte do conflito”, mas ajudará a Ucrânia no seu direito à autodefesa.

A cimeira que assinala os 75 anos da NATO é também a última do atual secretário-geral, Jens Stoltenberg, que terá como sucessor o ex-primeiro-ministro neerlandês, Mark Rutte.

Sob a liderança do norueguês Stoltenberg, que se iniciou em 01 de outubro de 2014, a NATO ganhou quatro novos membros ao passar a integrar Montenegro (2017), Macedónia do Norte (2020), Finlândia (2023) e Suécia (2024).

Portugal é um dos 12 países da Europa e da América do Norte que fundaram a NATO em 1949.

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