Este é o momento horrível em que as tropas russas de Vladimir Putin foram flagradas em vídeo atirando a sangue frio em dois prisioneiros de guerra ucranianos.
Acredita-se que o incidente chocante tenha acontecido no mês passado perto da vila de Rabotyne, na região de Zaporozhzhia.
A execução aterrorizante teria sido realizada por soldados do 70º Regimento de Fuzileiros Motorizados.
O Procurador-Geral da Ucrânia iniciou uma investigação criminal por violação das leis e costumes de guerra e por assassinato premeditado.
Andriy Kostin disse na quarta-feira que o vídeo mostrou claramente soldados ucranianos baixando as armas e cooperando com as ordens russas.
As imagens mostram os dois ucranianos sendo obrigados a entrar em uma trincheira e depois se ajoelhar, enquanto os dois soldados russos parecem carregar suas armas.
Após uma breve pausa, um dos russos dispara um tiro na trincheira, antes que o segundo se aproxime e dispare vários tiros.
Rabotnye foi capturada pelo exército ucraniano durante sua contra-ofensiva no final de agosto de 2023.
No entanto, a Rússia retomou a vila em maio, enquanto a Ucrânia lutava para manter seus ganhos territoriais devido principalmente à falta de munição causada por atrasos nas entregas de ajuda militar ocidental.
Esta não é a primeira vez que a Rússia é acusada de assassinar prisioneiros de guerra ucranianos.
A Diretoria Principal de Inteligência Militar da Ucrânia (GUR) identificou anteriormente quatro soldados do mesmo 70º Regimento de Fuzileiros Motorizados russo que executaram prisioneiros de guerra ucranianos perto de Robotyne no final de maio de 2024.
Além disso, a organização Human Rights Watch alega que pelo menos 15 ucranianos foram mortos enquanto tentavam se render e possivelmente mais seis que estavam se rendendo ou que se renderam, desde o início de dezembro de 2023.
A Human Rights Watch diz que os incidentes devem ser investigados como crimes de guerra.
“Desde a invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia, suas forças cometeram muitos crimes de guerra hediondos”, disse Belkis Wille, diretor associado de crise e conflito da organização.
“A execução sumária – ou assassinato – de soldados ucranianos rendidos e feridos, mortos a tiros a sangue frio, expressamente proibida pelo direito internacional humanitário, também está incluída nesse legado vergonhoso.”
Analistas do Instituto de Estudos da Guerra (ISW) afirmam que o comando militar russo incentiva seus soldados a cometer crimes de guerra em todo o teatro de operações na Ucrânia.
Eles dizem que essa “cultura de permissividade” é particularmente prevalente nas regiões de Donetsk e Zaporizhzhya.
