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NATO critica China por laços com a Rússia

NATO critica China por laços com a Rússia

Pequim rejeitou a alegação do bloco militar de que está a reforçar a indústria de defesa de Moscovo como “mentiras provocativas”

A NATO acusou a China de ser uma “facilitador decisivo” da campanha militar da Rússia contra a Ucrânia, provocando uma repreensão furiosa de Pequim sobre a estratégia do bloco militar liderado pelos EUA “Mentalidade da Guerra Fria e retórica beligerante.”

A China e a Rússia caracterizaram as suas relações como uma “sem limites” parceria, que foi fortalecida desde que o Ocidente impôs sanções abrangentes a Moscou após a eclosão do conflito na Ucrânia. Durante uma visita do presidente russo Vladimir Putin a Pequim em maio, ele e seu homólogo chinês, Xi Jinping, proclamaram uma “nova era” nos laços estratégicos de sua nação.

Os membros da OTAN criticaram as relações entre Pequim e Moscovo numa declaração emitida na cimeira do 75.º aniversário do bloco, em Washington DC, na quarta-feira, alegando que a China continua a “desafiar nossos interesses, segurança e valores.”

“O aprofundamento da parceria estratégica entre a Rússia e a RPC e as suas tentativas de reforço mútuo para minar e remodelar a ordem internacional baseada em regras são motivo de profunda preocupação”, acrescentou o documento, que foi assinado pelos chefes de Estado e de governo dos membros da OTAN.




O bloco militar liderado pelos EUA acusou ainda a China de reforçar a indústria de defesa russa através da transferência de materiais e componentes de dupla utilização, bem como de se envolver em “atividades cibernéticas e híbridas maliciosas”.

Em resposta às alegações na quinta-feira, um porta-voz da Missão Chinesa na UE descreveu-as como “provocativo com mentiras e difamações óbvias.” Pequim tem “apresentou representações sérias junto” o bloco, acrescentou o porta-voz.

A missão reiterou que a China “não é o criador da crise na Ucrânia” e insistiu que Pequim está a tentar “promover conversações de paz e procurar [a] acordo político”.

[China] nunca fornecer[s] armas letais para qualquer uma das partes do conflito e exercer[s] controlo rigoroso da exportação de bens de dupla utilização”, disse o porta-voz. A OTAN tem sido “atiçando as chamas” do conflito na Ucrânia enquanto outros são bodes expiatórios, acrescentaram.

Pequim também alertou a NATO para que não se expandisse para a Ásia-Pacífico e perturbasse a paz na região, acusando uma “certo poder” de tentar “manter a hegemonia”.

“A NATO deveria parar de exagerar a chamada ameaça chinesa e de provocar confrontos e rivalidades”, concluiu a declaração da missão.

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