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Israel lança novos ataques após ter feito dezenas de mortes em zona segura; município de Gaza sem água potável (285º. dia de guerra)

O município de Deir Al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, comunicou que já não pode fornecer água potável às 700.000 pessoas que se encontram naquela área. Centenas de milhares de pessoas refugiaram-se ali, para fugirem dos ataques israelitas. Agora, o município emitiu um comunicado urgente afirmando que já não consegue fornecer água nem gás natural: “Apelamos aos cidadãos para que preservem o que resta nos seus navios-tanque privados, e sublinhamos a necessidade de manter o espírito de cooperação e partilha.”

As agências humanitárias alertam que a falta de água potável e os esgotos não tratados representam uma séria ameaça à saúde dos palestinianos em Gaza. Quando Israel cortou o combustível enviado para Gaza, depois de 7 de outubro, as águas residuais deixaram de ser bombeadas para estações de tratamento, levando a que 100 mil metros cúbicos de esgoto por dia fossem lançados no mar, de acordo com o Programa das Nações Unidas para o Ambiente. Uma investigação da “BBC Verificar” descobriu em maio que centenas de instalações de água e saneamento no enclave tinham sido danificadas ou destruídas desde outubro.

Israel continuou a atacar o sul e o centro da Faixa de Gaza nesta segunda-feira. O Governo israelita quer colocar mais pressão sobre o Hamas, após um ataque no fim de semana contra a liderança do grupo, numa zona populosa de Mawasi, perto da costa do Mediterrâneo,. Dezenas de palestinianos que procuravam abrigo no campo improvisado morreram. Mawasi, nos arredores ocidentais de Khan Younis, tem dado guarida a centenas de milhares de palestinianos que fugiram depois de Israel a ter declarado uma zona segura. Israel afirma que o seu ataque de sábado teve como alvo o comandante militar do Hamas, Mohammed Deif, um dos arquitetos do ataque de 7 de outubro a cidades e aldeias israelitas, que esteve na origem da guerra em Gaza.

As autoridades palestinianas dizem que pelo menos 90 pessoas foram mortas no sábado, e muitas centenas ficaram feridas.

Mais a sul, em Rafah, o principal foco do avanço de Israel desde maio, os habitantes locais denunciaram novos combates nesta segunda-feira. As forças israelitas nas partes oeste e central da cidade fizeram explodir várias casas. As autoridades médicas afirmam ter recuperado 10 corpos de palestinianos mortos pelo fogo israelita nas zonas orientais da cidade; alguns dos quais já tinham começado a decompor-se.

Anadolu/Getty Images

Guerra no Médio Oriente

Outras notícias em destaque:

⇒ Um empresário sírio próximo do Presidente da Síria, Bashar al-Assad, e uma pessoa que o acompanhava, foram nesta segunda-feira mortos num ataque israelita que atingiu o seu veículo numa zona fronteiriça com o Líbano, avançou uma organização não-governamental síria. “Um drone israelita atingiu o carro em que viajava Baraa Katerji na região de Saboura, perto de Damasco, matando-o a ele e à pessoa que o acompanhava”, afirmou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), acrescentando que este empresário estava relacionado “com a resistência síria para a libertação dos Golã [região síria anexada por Israel em 1967]”, um grupo filiado do movimento Hezbollah que conduz operações contra Israel desde o sul da Síria.

⇒ A Justiça alemã anunciou a detenção de um presumível membro do movimento xiita libanês Hezbollah na Alemanha, por suspeita de tentativa de fornecimento de material para o fabrico de ‘drones’ destinados a serem disparados contra Israel. Segundo um comunicado do Ministério Público Federal alemão, o suspeito foi identificado como Fadel Z., de nacionalidade libanesa, depois de detido no domingo em Salzgitter, no norte da Alemanha.

⇒ A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA) denunciou que a sua sede principal na cidade de Gaza foi transformada “num campo de batalha”, tendo ficado destruída. “Chocante”, afirmou o comissário-geral da agência, Philippe Lazzarini, que disse na conta pessoal na rede social X, responsabilizando as operações levadas a cabo pelo exército israelita no âmbito da ofensiva militar contra o enclave palestiniano.

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