O senador republicano foi especulado como uma das muitas escolhas sendo consideradas pelo presidente Trump antes de seu anúncio oficial na Convenção Nacional Republicana esta semana – mas ainda assim pegou alguns de surpresa.
O homem de 39 anos era um ex-crítico do presidente Trump — tendo se referido ao então presidente como “o Hitler da América” — mas mudou de opinião após receber apoio para sua candidatura ao Senado em 2022.
O Sr. Vance é um autor de best-sellers, formado pela Faculdade de Direito de Yale e teve uma infância difícil.
Quem é JD Vance?
Nascido em Middletown, Ohio, JD foi criado pelos avós e sempre chamou sua avó – carinhosamente conhecida como “Mamaw” – de sua “graça salvadora”.
JD alistou-se na Marinha dos EUA em 2005 e serviu na Guerra do Iraque, antes de retornar para casa para estudar na Universidade Estadual de Ohio e na Faculdade de Direito de Yale.
Ele trabalhou com capital de risco por anos e se casou com sua esposa, Usha Chilukuri Vance, com quem tem três filhos.
Em 2016, o Sr. Vance alcançou o estrelato com seu livro de memórias intitulado ‘Hillbilly Elegy’, documentando sua vida e refletindo sobre as dificuldades na zona rural dos Apalaches, de onde seus avós eram.
A região dos Apalaches é uma das mais pobres dos Estados Unidos.
Escrevendo sobre a pobreza que testemunhou ao seu redor no livro, ele disse: ‘Quero que as pessoas entendam o que acontece na vida dos pobres e o impacto psicológico que a pobreza espiritual e material tem sobre seus filhos.
‘Quero que as pessoas entendam o sonho americano como minha família o encontrou. Quero que as pessoas entendam como a mobilidade ascendente realmente se sente.
‘E quero que as pessoas entendam algo que aprendi recentemente: que para aqueles que tiveram a sorte de viver o Sonho Americano, os demônios da vida que deixamos para trás continuam a nos perseguir.’
Seu livro foi transformado em filme em 2020, com Amy Adams, Glenn Close e Gabriel Basso.
O Sr. Vance então concorreu a uma cadeira no Senado por Ohio em 2022, que venceu com o apoio de Trump.
Um crítico de Trump que se tornou apoiador de Trump
A partir de 2015, o Sr. Vance foi um crítico ferrenho do presidente Trump, tendo-o comparado a Hitler.
Ele escreveu no X em ocasiões separadas: ‘Eu sou um cara do tipo “nunca Trump”. Eu nunca gostei dele.’ e ‘Eu o acho repreensível.’
Ele escreveu reservadamente em uma mensagem no Facebook em 2016: “Eu oscilo entre pensar que Trump é um idiota cínico como Nixon, que não seria tão ruim (e poderia até ser útil) ou que ele é o Hitler da América.”
Então o que mudou? Bem, um endosso de Trump em 2022 para sua corrida ao Senado não fez mal.
No início de 2021, o Sr. Vance minimizou a sugestão de que os apoiadores do presidente Trump participaram da insurreição de 6 de janeiro no capitólio.
Em junho, ele contou ao New York Times sobre sua mudança de opinião sobre o presidente Trump: “Eu me permiti focar tanto no elemento estilístico de Trump que ignorei completamente a maneira como ele estava oferecendo algo muito diferente em política externa, comércio e imigração.
O Sr. Vance também é supostamente próximo do filho do presidente Trump, Donald Trump Jr.
Quais são as políticas de JD Vance?
As opiniões políticas do Sr. Vance são predominantemente conservadoras, embora ele discorde de seu companheiro de chapa em algumas questões.
Desde que ingressou no Senado em 2022, ele tem sido um dos maiores céticos em relação à ajuda à Ucrânia enquanto o país continua lutando contra a Rússia.
Ele disse em um discurso: “Eu certamente admiro os ucranianos que estão lutando contra a Rússia, mas não acho que seja do interesse dos Estados Unidos continuar a financiar uma guerra efetivamente interminável na Ucrânia.”
O Sr. Vance também é contra o aborto, mesmo em caso de incesto ou estupro. Ele disse que apoia o aborto em casos em que a vida da mãe está em perigo.
O Sr. Vance também apresentou projetos de lei para reter fundos federais para faculdades onde houve acampamentos e protestos contra a guerra em Gaza.
Ele também é um forte defensor da exclusão do governo chinês dos mercados de capitais dos EUA, caso eles não sigam as leis de comércio internacional.
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