O patrimônio líquido médio da elite aumentou em quase US$ 400.000 por pessoa, segundo o relatório.
O 1% mais rico do mundo aumentou sua fortuna em US$ 42 trilhões na última década, o que é quase 34 vezes mais do que todos os 50% mais pobres da população mundial, de acordo com uma nova análise da Oxfam. A organização divulgou o novo relatório antes da terceira reunião dos Ministros das Finanças e Governadores de Bancos Centrais do G20 no Brasil. Ele disse que o patrimônio líquido médio da elite saltou em quase US$ 400.000 por pessoa, após o ajuste pela inflação, em comparação com US$ 335 para a metade inferior dos residentes.
“A desigualdade atingiu níveis obscenos, e até agora os governos falharam em proteger as pessoas e o planeta de seus efeitos catastróficos”, disse o Chefe de Política de Desigualdade da Oxfam Internacional, Max Lawson. “O um por cento mais rico da humanidade continua a encher seus bolsos enquanto o resto é deixado para lutar por migalhas”, ele acrescentou.
A pesquisa da Oxfam também descobriu que a parcela da renda do 1% dos que mais ganham nos países do G20 aumentou em 45% ao longo de quatro décadas, enquanto as maiores taxas de impostos sobre suas rendas foram reduzidas em cerca de um terço.
“Globalmente, os bilionários têm pago uma taxa de imposto equivalente a menos de 0,5 por cento de sua riqueza. Suas fortunas aumentaram em uma média anual de 7,1 por cento nas últimas quatro décadas, e um imposto anual sobre riqueza líquida de pelo menos 8 por cento seria necessário para reduzir a riqueza extrema dos bilionários. Os países do G20 abrigam quase quatro em cada cinco bilionários do mundo”, dizia o relatório.
A análise mais recente surge no momento em que o grupo de defesa, juntamente com vários parceiros, pede aos líderes do G20 que aumentem os impostos sobre os ultra-ricos.
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Como parte de sua presidência do G20, o governo brasileiro recentemente também encomendou um estudo sobre o aumento de impostos sobre os ricos. Ele descobriu que um imposto mínimo de 2 por cento sobre a riqueza dos bilionários globais renderia entre US$ 200 bilhões e US$ 250 bilhões de cerca de 3.000 contribuintes anualmente.
“O ímpeto para aumentar impostos sobre os super-ricos é inegável, e esta semana é o primeiro teste decisivo real para os governos do G20. Eles têm a vontade política de atingir um padrão global que coloque as necessidades de muitos antes da ganância de uma elite de poucos?”, disse o Sr. Lawson.
Notavelmente, a Oxfam publica regularmente relatórios destacando a desigualdade global e pressiona por mudanças para começar a equilibrar o jogo.
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