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Kiev recebe primeiro apoio da UE oriundo dos bens russos congelados: o resumo do 884.º dia de guerra

A União Europeia transferiu, nesta sexta-feira, os primeiros 1,5 mil milhões de euros para defesa e reconstrução da Ucrânia suportados por lucros realizados com bens russos congelados, anunciou a Comissão Europeia, vincando “não existir melhor utilização” das verbas. “A União Europeia [UE] está ao lado da Ucrânia. Transferimos hoje 1,5 mil milhões de euros de receitas provenientes de ativos russos imobilizados para a defesa e a reconstrução da Ucrânia”, anunciou a líder do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).

“Não há melhor símbolo nem melhor utilização para o dinheiro do Kremlin [regime russo] do que fazer da Ucrânia e de toda a Europa um lugar mais seguro para viver”, adiantou a responsável. O dinheiro será agora canalizado através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz e do Mecanismo de Apoio à Ucrânia para apoiar as capacidades militares da Ucrânia, bem como para apoiar a reconstrução do país.

Está estimado que estas receitas permitam mobilizar para a Ucrânia cerca de três mil milhões de euros por ano, num total de 12 mil milhões nos próximos quatro anos.

Outras notícias que marcaram o dia:

O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, elogiou os esforços chineses para alcançar uma “solução permanente e estratégica” para a guerra, numa entrevista publicada após a sua visita de três dias a Pequim. “Recebemos um sinal claro de que a China não está à procura de uma solução temporária, de um cessar-fogo temporário, mas está a trabalhar numa solução permanente e estratégica para a guerra”, disse o chefe da diplomacia ucraniana, em entrevista à televisão ucraniana TSN.

O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, e o homólogo russo, Sergey Lavrov, abordaram hoje a “construção de uma nova arquitetura de segurança euro-asiática”, proposta pela Rússia como alternativa ao modelo euro-atlântico da NATO.

A China anunciou que o seu representante especial para os assuntos euro-asiáticos vai visitar Indonésia, África do Sul e Brasil nos próximos dias para “trocar impressões com membros importantes do ‘sul global’ sobre a situação” na Ucrânia. A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Mao Ning disse, em conferência de imprensa, que Li Hui arranca no domingo, com o objetivo de “explorar formas de promover o esfriamento da situação, de modo a gerar condições para o reinício das negociações de paz”.

O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) deteve o ex-vice-ministro da Defesa Dmitri Bulgakov (2008-2022), acusado de um alegado crime de corrupção. “Estão a ser realizadas ações de investigação e operações para estabelecer as causas e as condições que contribuíram para as atividades ilegais”, esclareceu a assessoria de imprensa do FSB, segundo a agência de notícias russa Interfax.

O chefe da diplomacia da UE disse que as consequências da guerra na Ucrânia afetam todos os países, durante uma reunião no Laos com os ministros dos Negócios Estrangeiros do Sudeste Asiático. “Estou ciente de que a agressão da Rússia contra a Ucrânia pode parecer muito distante da Ásia, mas as consequências, seja sob a forma de inflação ou de aumento dos preços dos alimentos e do petróleo, são sentidas por todas as nossas populações”, afirmou Josep Borrell, no discurso de abertura da reunião.

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