A Infraestruturas de Portugal (P) lançou esta sexta-feira o concurso público para a concessão da linha ferroviária de alta velocidade entre Oiã, no distrito de Aveiro, e Soure, no distrito de Coimbra, o segundo troço deste projeto que visa ligar o Porto a Lisboa em 1h15 a partir de 2030. O concurso está orçado em cerca de 1,6 mil milhões de euros sendo que o contrato terá um prazo total de 30 anos, o que “inclui um período de desenvolvimento, que se estima que seja de cinco anos, e um período de disponibilização da infraestrutura, com uma duração prevista de 25 anos”, explica a empresa.
Trata-se da segunda parceria público-privada a ser lançada, que fecha a primeira fase do projeto, o trajeto do Porto a Soure. A segunda fase vai de Soure ao Carregado e a terceira do Carregado a Lisboa.
As propostas ao concurso são esperadas até 6 de janeiro de 2025 e, segundo a IP, “o objeto desta parceria inclui a conceção, projeto e construção de 71 quilómetros de uma nova linha de alta velocidade, a adaptação da atual estação de Coimbra às necessidades da alta velocidade, a quadruplicação da Linha do Norte entre Taveiro e a entrada sul da estação de Coimbra, uma nova subestação de tração elétrica na zona de Coimbra e ligações da linha de alta velocidade à Linha do Norte, nas proximidades de Oiã, Adémia, Taveiro e Soure”. Está também incluída nesta parceria público-privada a manutenção e disponibilização dos elementos atrás referidos, à exceção das seções da Linha do Norte a intervencionar e da Estação de Coimbra.
“Os pagamentos feitos pela IP à futura concessionária serão repartidos por esses 30 anos e correspondem a um montante de 4.207.641.557 euros expresso a preços correntes, ao qual acresce um valor máximo de 395.046.779 euros, expresso, também, a preços correntes, destinado a cobrir as despesas inerentes aos projetos, expropriações e obras que foram objeto da candidatura ao programa de fundos europeus Connecting Europe Facility for Transport 2 (CEF 2), a qual foi, entretanto, aprovada”, acrescenta a empresa.
