É provável que haja um inverno rigoroso neste ano, alertou o Departamento Meteorológico da Índia (IMD) na segunda-feira, anunciando o início do fenômeno La Niña em setembro.
Geralmente ocorrendo no final da temporada de monções, La Niña é conhecido por provocar uma queda acentuada nas temperaturas, muitas vezes acompanhada de aumento de chuvas, levantando preocupações sobre a possibilidade de um inverno rigoroso à frente.
La Niña, que significa “a menina” em espanhol, é a contrapartida climática do El Niño, e os dois fenômenos exibem comportamentos totalmente opostos. Durante um evento La Niña, fortes ventos de leste empurram as águas do oceano para o oeste, levando a um resfriamento da superfície do oceano, mais notavelmente no Pacífico equatorial.
Esse efeito de resfriamento contrasta com as condições de aquecimento provocadas pelo El Niño, que, traduzido como “o garotinho”, ocorre quando os ventos alísios enfraquecem, fazendo com que as águas mais quentes se desloquem de volta para o leste, em direção à costa ocidental das Américas.
Tanto La Niña quanto El Niño são fenômenos oceânicos e atmosféricos significativos que normalmente começam entre abril e junho, ganhando força entre outubro e fevereiro. Embora esses eventos geralmente durem entre 9 e 12 meses, eles podem ocasionalmente persistir por até dois anos.
Em condições normais, os ventos alísios sopram para oeste ao longo do Equador, empurrando a água quente da América do Sul em direção à Ásia, um processo que permite que a água mais fria das profundezas do oceano suba e mantenha o equilíbrio climático.
No entanto, o início de La Niña interrompe esse equilíbrio, levando a uma cascata de impactos climáticos globais. Enquanto El Niño está associado a temperaturas mais quentes do ar e do oceano no Pacífico, resultando em temperaturas globais mais quentes, La Niña induz o efeito oposto ao resfriar tanto a superfície do oceano quanto a atmosfera acima dela.
À medida que La Niña se torna ativa, o alerta do IMD sobre condições de inverno potencialmente extremas ressalta a importância de se preparar para os possíveis desafios climáticos futuros.
