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Assassinatos em Nagaland em 2021: Tribunal superior encerra processo criminal contra militares implicados na morte de 14

A Suprema Corte encerrou os processos criminais contra 30 militares do Exército implicados no assassinato de 14 civis em Nagaland em 2021, citando a necessidade de sanção do governo central para processo sob a AFSPA. A decisão do tribunal permite um possível processo futuro se a sanção for concedida e afirma que ações disciplinares dentro do Exército ainda podem prosseguir
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A Suprema Corte da Índia encerrou na terça-feira os processos criminais contra 30 militares do Exército implicados na morte de 13 civis em uma operação militar fracassada no distrito de Mon, em Nagaland, em 2021.

A decisão do tribunal ocorreu após petições apresentadas pelos cônjuges dos funcionários solicitando o arquivamento do caso, argumentando que as autoridades estaduais não tinham jurisdição para processar sob a Lei de Poderes Especiais das Forças Armadas (AFSPA).

A Suprema Corte, liderada pelos juízes Vikram Nath e PB Varale, decidiu que, embora os procedimentos criminais contra o pessoal do Exército estejam encerrados, o caso pode prosseguir se o Centro conceder sanção para a acusação. A ordem do tribunal não impedirá o Exército de buscar medidas disciplinares contra o pessoal implicado.

A batalha jurídica em torno deste caso começou depois que uma equipe do Exército, identificando erroneamente uma caminhonete que transportava mineiros na vila de Oting como militantes, abriu fogo em 4 de dezembro de 2021.

O ataque inicial resultou na morte de seis civis. A violência aumentou quando as forças de segurança supostamente atiraram em moradores locais que se reuniram em protesto, levando à morte de mais oito civis. A agitação que se seguiu resultou em mais baixas, incluindo a morte de um membro do Exército.

Em abril de 2023, o governo central negou a sanção para processar o pessoal do Exército envolvido, citando as proteções oferecidas pela AFSPA, que concede imunidade às forças armadas que operam em áreas designadas. O governo de Nagaland, contestando essa decisão, argumentou que tinha evidências substanciais contra os acusados ​​e contestou a negação em processos separados perante a Suprema Corte.

A Assembleia de Nagaland, após o incidente, exigiu por unanimidade a revogação da AFSPA do estado, destacando as críticas generalizadas e a indignação pública geradas pelo incidente.

Em julho de 2022, a Suprema Corte suspendeu o processo contra os militares, respondendo às petições de suas esposas, que alegavam que os procedimentos de acusação haviam sido iniciados sem a obtenção da sanção necessária do Centro.

A última decisão da Suprema Corte conclui os procedimentos criminais, mas deixa aberta a possibilidade de ação caso o Centro reconsidere sua posição sobre a sanção da acusação. A decisão da corte também reafirma que o Exército retém a autoridade para empreender qualquer ação disciplinar necessária contra o pessoal envolvido.

Com contribuições de agências

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