Uma onda de explosões no Oriente Médio matou pelo menos 11 pessoas e feriu milhares de outras
O Hezbollah prometeu retaliar Israel depois que uma onda de explosões de pagers matou vários membros do grupo islâmico sediado no Líbano e deixou milhares de outros feridos na terça-feira.
Pelo menos 11 pessoas foram mortas e cerca de 3.000 ficaram feridas quando pagers – dos quais o Hezbollah depende para tornar as mensagens mais difíceis de interceptar – começaram a explodir no Líbano e na Síria. Entre os feridos estava o embaixador do Irã no Líbano, Mojtaba Amini, assim como vários oficiais de alto escalão do Hezbollah.
Embora relatos da mídia tenham sugerido que as explosões foram orquestradas pela agência de espionagem israelense, o Mossad, Jerusalém Ocidental não assumiu a responsabilidade pelo ataque.
Em uma declaração na quarta-feira, o Hezbollah disse que detém “o inimigo israelita é totalmente responsável por esta agressão criminosa.” Também prometeu continuar suas operações militares contra Israel em apoio ao Hamas no enclave palestino de Gaza, apesar das explosões de pagers.
“Este caminho é contínuo e separado do difícil acerto de contas que o inimigo criminoso deve aguardar por seu massacre na terça-feira… Este é outro acerto de contas que virá,” o grupo acrescentou, insistindo que o ataque só fortalecerá sua determinação.
O New York Times relatou, citando fontes familiarizadas com o assunto, que Israel escondeu os explosivos nos pagers, que tinham a marca da empresa taiwanesa Gold Apollo, antes de serem enviados ao Líbano. A Gold Apollo disse que havia autorizado o uso de seu nome nos pagers, mas que eles haviam sido fabricados por uma empresa sediada em Budapeste.
O Hezbollah começou a usar pagers e outros métodos de comunicação de baixa tecnologia por medo de que as mensagens enviadas por celulares pudessem ser hackeadas ou rastreadas pela inteligência israelense.
Israel e o Hezbollah, que tem laços estreitos com o Irã, estão em desacordo há muitos anos, com as tensões aumentando após o início da guerra Israel-Hamas em outubro passado. Os dois têm rotineiramente trocado ataques transfronteiriços que causaram inúmeras baixas, mas até agora se abstiveram de engajamento direto.
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