Pelo menos nove pessoas foram mortas e quase 3000 ficaram feridas, muitas gravemente, no Líbano após uma detonação sincronizada de pagers visando o grupo terrorista designado pelos EUA, Hezbollah. O embaixador do Irã no Líbano, Mojtaba Amani, também ficou ferido pela explosão de um pager eletrônico, de acordo com um relatório da agência de notícias semioficial Fars do Irã.
Os pagers explodiram no sul do Líbano, nos subúrbios ao sul de Beirute conhecidos como Dahiyeh e no Vale do Bekaa oriental – todos redutos do Hezbollah. Em um caso, um vídeo de vigilância em circuito fechado mostrou uma pessoa pagando em um supermercado enquanto o que parecia ser um pequeno dispositivo portátil colocado ao lado do caixa explodiu.
Hezbollah promete punir Israel
O Hezbollah, enquanto isso, prometeu retaliar contra Israel após acusá-lo de detonar pagers em todo o Líbano. O Hezbollah disse que Israel receberia “sua punição justa” pelas explosões, de acordo com uma reportagem da agência de notícias Reuters. O número de mortos aumentou de oito para nove na terça-feira à noite, enquanto o número de feridos permaneceu em 2.750, disse a reportagem citando o ministério da saúde do Líbano.
Em uma declaração anterior, o Hezbollah confirmou que as mortes incluíam pelo menos dois de seus combatentes e uma jovem.
Um funcionário do Hezbollah, sob condição de anonimato, disse à Reuters que o incidente foi a “maior violação de segurança” do grupo em quase um ano de conflito com Israel.
Segundo relatos, as vítimas incluíam combatentes do Hezbollah que são filhos de altos oficiais do grupo armado. Um dos mortos era o filho de um membro do Hezbollah do parlamento libanês, Ali Ammar.
“Este não é um ataque de segurança contra uma, duas ou três pessoas. Este é um ataque contra uma nação inteira”, disse Hussein Khalil, alto funcionário do Hezbollah, enquanto prestava suas condolências ao filho de Ammar.
Líbano condena ataque
O ministro da Informação libanês, Ziad Makary, também condenou a detonação no final da tarde dos pagers — dispositivos portáteis usados pelo Hezbollah e outros no Líbano para enviar mensagens — como uma “agressão israelense”.
Israel se recusa a comentar
De acordo com a reportagem da Reuters, o exército israelense, que está envolvido em combates transfronteiriços com o Hezbollah apoiado pelo Irã desde o início da guerra de Gaza em outubro, se recusou a responder a perguntas sobre as detonações.
