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UE vai cortar fundos para a Hungria

UE vai cortar fundos para a Hungria

A UE reterá parte dos pagamentos futuros à Hungria devido à sua recusa em pagar uma multa por violar as regras de asilo do bloco, anunciou o porta-voz da Comissão Europeia Balazs Ujvari na quarta-feira.

No início deste ano, o Tribunal de Justiça Europeu ordenou que Budapeste pagasse € 200 milhões (US$ 222 milhões), além de € 1 milhão extra por dia em multas, por privar migrantes do direito de solicitar asilo no país, em violação à legislação de migração da UE.

A Hungria, que detém a presidência rotativa da UE até o final do ano, disse que não pretende pagar a multa e recentemente prometeu enviar os migrantes que chegam ao país para Bruxelas de ônibus.

Segundo o porta-voz da Comissão Europeia, o bloco precisará de tempo para identificar os próximos pagamentos que podem absorver a multa.

A disputa UE-Hungria remonta a dezembro de 2020, quando o tribunal superior do bloco decidiu pela primeira vez que Budapeste tinha acesso limitado aos procedimentos de asilo para aqueles que buscavam refúgio no país, tornando o processo de apresentação de pedidos “virtualmente impossível.” Na altura, o tribunal também decidiu que as autoridades húngaras estavam a manter ilegalmente requerentes de asilo em “zonas de trânsito” em condições que equivaliam à detenção, violando ao mesmo tempo o seu direito de recurso.




Em 2023, os legisladores da UE concordaram com um pacto de migração histórico que veria imigrantes ilegais, a maioria dos quais chegam à Itália e à Grécia após cruzar o Mediterrâneo, transferidos para outros estados da UE em uma base de cota. Sob a legislação, os estados-membros que não estão localizados ao longo da fronteira externa do bloco podem escolher aceitar refugiados ou pagar uma compensação ao fundo da UE.

A medida deveria ajudar os estados-membros a compartilhar a responsabilidade de hospedar migrantes depois que nações na parte oriental do bloco não estavam dispostas a receber aqueles que tinham chegado à Grécia, Itália e outros países. Naquela época, Hungria e Polônia votaram contra o documento, enquanto Áustria, Eslováquia e República Tcheca se abstiveram.

Na altura, o Presidente húngaro Viktor Orban afirmou que Bruxelas tinha legalmente “estuprada” Hungria e Polônia forçando um acordo que obrigaria os estados-membros a aceitar cotas de imigrantes ilegais, prometendo que não faria concessões à UE em tal acordo.

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