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A pequena ilha grega deserta onde um assentamento de 8.000 anos afundou no mar

A pequena ilha grega deserta onde um assentamento de 8.000 anos afundou no mar

Na costa de Alonissos, no Mar Egeu, a pequena ilha desabitada de Agios Petros guarda um profundo segredo histórico sob suas águas.

Este pedaço de terra isolado abriga o mais antigo assentamento submerso do Mar Egeu, que se acredita remontar a cerca de 8.000 anos.

Fundada no final do VII milênio a.C., Agios Petros já foi uma comunidade próspera de agricultores, pescadores e marinheiros.

Por quase um milênio, o assentamento prosperou, com algumas dezenas de famílias chamando a ilhota de lar.

Na época, Agios Petros estava conectada à sua vizinha maior, Kyra Panagia, por uma ponte de terra que desde então desapareceu sob o mar.

“O fato de o assentamento marinho de Agios Petros estar preservado no fundo do Mar Egeu milhares de anos após sua fundação o torna um sítio arqueológico único”, disse Nikos Efstratiou, professor de Arqueologia Pré-histórica na Universidade Aristóteles de Tessalônica (AUTH).

Efstratiou, que lidera os esforços arqueológicos em andamento na área, acredita que o local oferece um raro vislumbre da habitação primitiva da ilha e do ambiente natural que esses antigos ilhéus encontraram.

Escavações na ilhota revelaram edifícios de pedra, locais de sepultamento, ferramentas e evidências de conexões culturais com regiões distantes, como a Tessália, o sul do Mar Egeu, os Bálcãs e a Anatólia.

Os habitantes de Agios Petros eram principalmente agricultores e criadores, mas a descoberta de restos de peixes e pássaros mostra que eles também eram pescadores e caçadores habilidosos.

Esses primeiros colonos viviam em casas retangulares de pedra e usavam ferramentas feitas de sílex, deixando para trás cerâmicas e estatuetas com inscrições que ofereciam uma visão sobre seu modo de vida.

O assentamento de Agios Petros foi descoberto pela primeira vez na década de 1960 pelo arqueólogo Dimitris Theoharis, e a pesquisa continuou sob a direção de Efstratiou desde a década de 1980.

Uma nova fase da arqueologia marinha começou em 2021, como parte de um projeto de pesquisa de cinco anos focado em descobrir mais sobre o antigo sítio.

Os cientistas estão particularmente interessados ​​em encontrar pistas sobre as primeiras navegações, como os tipos de barcos usados ​​pelos primeiros colonizadores do Mar Egeu.

Apesar do afundamento natural da terra devido ao aumento do nível do mar, os restos subaquáticos de Agios Petros são um testemunho de uma civilização perdida.

A pesquisa sobre esta ilhota misteriosa não apenas lança luz sobre a história do Mar Egeu, mas também contribui para a compreensão global dos primeiros assentamentos humanos em áreas costeiras.

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