O líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, afirmou que Israel declarou guerra ao Líbano depois que centenas de pagers explodiram pelo país, ferindo milhares.
Em um discurso condenando Israel, o líder terrorista disse: “Os ataques israelenses ao Líbano equivalem a uma declaração de guerra”.
Apenas um dia após os pagers usados por centenas de membros do grupo militante Hezbollah explodirem, mais dispositivos eletrônicos foram detonados no Líbano na quarta-feira, no que pareceu ser uma segunda onda de ataques sofisticados e mortais que tiveram como alvo um número extraordinário de pessoas.
Ambos os ataques, que se acredita terem sido realizados por Israel, aumentaram os temores de que o conflito latente entre os dois lados possa se transformar em uma guerra total.
Quando os pagers tocaram em 17 de setembro, impressionantes 2.800 pessoas ficaram feridas e pelo menos 12 morreram, de acordo com o ministro da Saúde do Líbano, Firas Abiad.
Então, enquanto cidadãos libaneses lamentavam os mortos, uma segunda onda de explosões aconteceu. Desta vez, walkie talkies explodiram, matando pelo menos 32, de acordo com uma reportagem da BBC.
O Hezbollah é um dos maiores exércitos não estatais do mundo e é financiado pelo Irã. A violência irrompeu entre Israel e o Líbano após os ataques terroristas de 7 de outubro pelo Hamas.
Embora ambos os lados tenham trocado tiros com mísseis, até as explosões desta semana os combates estavam contidos.
Na quarta-feira, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, visitou uma base israelense e disse que o país estava “inaugurando uma nova fase na guerra”, acrescentando que o “centro de gravidade está mudando para o norte por meio do desvio de recursos e forças”.
O correspondente da BBC no Oriente Médio, Hugo Bachega, relatou que jatos israelenses voavam baixo sobre Beirute, criando estrondos sônicos enquanto o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, falava.
Enquanto Nasrallah fazia seu discurso, Israel lançou ataques contra alvos no Líbano.
Ele disse: “Em nome de todos aqueles que perderam mártires, que ficaram feridos, em nome de todos aqueles que lutaram em nome de Gaza, dizemos a Netanyahu e Gallant, ao inimigo, que a frente libanesa não vai parar até que a agressão em Gaza pare”, diz ele.
“A resistência no Líbano não deixará de apoiar o povo de Gaza e da Cisjordânia.”
